Projeto Som da Pele: Surdos, “Batuqueiros do Silêncio”, encantam público com suas alfaias

Com  o noticiário voltado todo para as eleições – as mais violentas e também as mais disputadas desde a redemocratização – passou quase batida a apresentação do Projeto  Som da Pele,  no Festival Acessa BH. Porém o #OxeRecife não pode deixar de noticiar a participação do grupo pernambucano naquele evento, que é protagonizado por artistas com deficiência, sob o comando de Ras Batman.  O Acessa BH conta com oficinas, rodas de conversa, debates, peças infantis. O Som da Pele, para os que não sabem, é formado por pessoas surdas que, no entanto, apresentam-se com instrumentos de percussão.

Seus primeiros ensaios ocorreram no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. Conheci o Som da Pele logo no início de sua formação. Na época, Batman havia criado um painel com luzes coloridas que funcionavam como guia visual para coordenação dos sons do grupo. E fiquei encantada com a proposta. Mais ainda quando entrevistei os músicos surdos que me disseram sentir o vibrar de suas alfaias “com o corpo”, percebendo – assim – os sons que estavam produzindo. Na última sexta-feira (28/10), enquanto o povo brasileiro estava mobilizado em passeatas, caminhadas, porta a porta, eles se apresentavam no Acessa BH.  O festival, em sua segunda edição, teve “somente” 60 dias de duração, com apresentações presenciais e virtuais, estas somando 8 mil visualizações.

Batman: seu Projeto Som da Pele começou no bairro de Casa Amarela e é um exemplo de inclusão: surdos são músicos

Entre os artistas consagrados que se apresentaram, o maestro e pianista João Carlos Martins, que é um exemplo de superação, já que passou a reger, após problemas graves no movimento dos dedos. E que, mesmo assim, não deixou de lado o piano, emocionando plateias no Brasil e no mundo. O Projeto Som da Pele, formado por artistas surdos, apresentou-se em duas versões. Os Batuqueiros do Silêncio e o Som da Inclusão. Eles trazem uma mescla de Maracatu de Baque Virado, Frevo, Coco de Roda, Ijexá e Ciranda, além de visitar também alguns ritmos mais contemporâneos como Afro Beat, Break Beat, Drum in Bass, Raggamuffin, Reggaeton e Manguebeat.

O Festival Acessa BH é realizado por Lais Vitral e Vitral Bureau Cultural, com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com o patrocínio da MGS, e patrocínio da Vallourec e do Instituto Unimed-BH através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O “Seminário Acessa BH” é realizado por Lais Vitral e Vitral Bureau Cultural, com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. O #OxeRecife já havia noticiado, aqui, a criatividade do trabalho comandado por Batman.. Abaixo, você confere links sobre grupos e pessoas que trabalham em defesa de outros com deficiência.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Festival Acessa BH / Divulgação e Acervo #OxeRecife

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