Nesta semana, o Prefeito João Campos (PSB) esteve no canteiro de obras da Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, que cruzará o Rio Capibaribe ligando os bairros da Iputinga e do Monteiro, e que encontra-se com 80 por cento dos serviços concluídos, segundo a Prefeitura. Isso é uma boa notícia, depois da obra ter passado nove anos parada, e na qual foram “enterrados” nada menos de R$ 16 milhões. A má notícia é que bem pertinho dali, existe uma outra ponte que oferece um grande risco para a comunidade: crateras imensas em sua extensão.
A nova ponte teve início ainda na gestão do então Prefeito João da Costa (PT), em 2012. Porém passou quase uma década parada, por conta de problemas técnicos e, por esse motivo, boa parte dela teve que ser totalmente demolida. Em 2021, João Campos retomou a obra, com os reparos necessários. Ele diz que ela deve ser entregue à população no primeiro semestre de 2024. A intervenção está sendo realizada pela Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Urbanização do Recife (URB) e beneficiará diretamente cerca de 60 mil pessoas. A ponte mede 170 metros de extensão, 20 m de largura e 12 m de altura, com calçadas e ciclofaixa. Serão quatro faixas de rolamento, duas em cada sentido. Estando lá, o Prefeito bem que devia aproveitar a passagem pelo bairro do Apipucos, para dar uma olhadinha na chamada Ponte da Salvação que, como a Jaime Gusmão, também corta o Capibaribe, só que ligando Apipucos à Iputinga.
O acesso à Ponte da Salvação, para quem está na Rua Apipucos é ali à altura do número 23 (Edifício Hilson Macedo). Ao contrário da Jaime Gusmão, a da Salvação é estreita, só comportando passagem de pedestres, embora seja usada, também, por bikes, motos e até carroças. O problema é que ela não tem manutenção e está com crateras imensas, o que representa um risco para os moradores da comunidade. Eles relataram quedas ao #OxeRecife, e teve gente até com perna quebrada. Se passar na Ponte da Salvação de dia já é um risco, à noite é pior ainda. Então, seria bom que a Prefeitura fosse lá e providenciasse os reparos para garantir segurança e mobilidade à população local .
Segundo João Campos, com a Engenheiro Jaime Gusmão, o Recife passará a contar com 28 pontes (sem incluir pontilhões). Informa que, além dela, será construído um sistema viário novo com 20 novas ruas, entre requalificações e implantações, assim como uma área urbanizada na margem do rio, que faz parte do Parque Capibaribe. “O sistema viário dará o acesso à ponte dos dois lados e viabilizará também o acesso das pessoas com qualidade”, diz. A nova ponte reduzirá a distância entre o Parque de Exposições do Cordeiro e a Praça de Casa Forte dos atuais 6,7 km (via Torre-Parnamirim) e 8 km (via BR-101) para apenas 4,39 km. Motoristas indo do Parque do Caiara para o Parque Santana hoje precisam percorrer 5,1 km (via Torre-Parnamirim) ou 7,7 km (pela BR-101), distância que cairá para 3,82 km com a nova ponte.
Resta saber quando as comunidades ribeirinhas vão encurtar o risco de acidente, ao atravessar a Ponte da Salvação, tão próxima da Jaime Gusmão.
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Texto: Letícia Lins/ #OxeRecife
Fotos: PCR e redes sociais