“Outubro Rosa”: Após vencerem o câncer de mama, mulheres buscam saúde na canoagem.Viva!

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Não são poucas as pessoas que conseguem melhorar a saúde com a prática de esporte. Da obesidade à depressão, muita coisa muda no corpo e na mente daqueles que trocam a vida sedentária por uma boa caminhada, pela pedalada, pela natação ou mesmo depois de frequentar uma academia. No caso das mulheres sobreviventes de câncer de mama, após a retirada de tumores ou mesmo de um seio, sobram inchaços provocados por obstruções no sistema linfático, os chamados linfodemas. E que tal  esse “Outubro Rosa”, para falarmos de mulheres que lutam contra esses efeitos com a prática da canoagem? Dizem as adeptas da prática que a canoagem é um sucesso.

Nos anos 1990, o médico canadense Don McKenzie mostrou o impacto positivo das remadas em mulheres que tiveram câncer na mama e passaram por cirurgias.  Além de reduzir as obstruções, a canoagem também se mostrou eficiente na manutenção do peso corporal, no fortalecimento e aumento da elasticidade dos músculos do corpo, na melhora da resistência física e da autoestima dessas mulheres. Resultado, após a divulgação do estudo, surgiram diversas equipes de remadoras ao redor do mundo. No Brasil, o movimento chegou via Cleusa Alonso. Ela tomou a iniciativa, quando se recuperava de um câncer de mama em Buenos Aires, onde residia. Foi lá que conheceu a ação e passou a fazer parte de uma equipe de canoagem.

Canoagem: Esporte saudável pela aproximação com a natureza e pelos exercícios. Bom até após a cura do câncer

No Brasil, o movimento vem crescendo. E um exemplo é a Associação Lua Rosa, que passou a integrar o grupo de Remadoras Rosa do Brasil a convite de Cleusa. A atividade faz parte do ‘Eixo Movimenta Lua’ daquela associação, que estimula as voluntárias a terem uma vida saudável e uma rotina de exercícios. Os benefícios da prática são confirmados pelas 50 participantes do projeto cearense, que destacam melhorias notáveis na saúde física e mental.  “Começar a remar foi um divisor de águas na minha vida. Estar lá é algo muito além da prática física. A energia contagiante das mulheres, a disciplina, o mergulho no mar, tudo isso nos motiva e nos faz enxergar todo o nosso potencial”, ressalta Aline Vasconcellos, que se recupera de um câncer de mama.

Além de viver a prática como hobby e aliada à saúde, muitas dessas mulheres tomam gosto pelo esporte e passam a participar de competições na categoria. Nesse mês mesmo, uma equipe de 14 remadoras vai representar o estado do Ceará no I Festival Internacional de Dragon Boats de Mulheres Sobreviventes do Câncer de Mama. A competição ocorre entre os dias 26 e 29 de outubro, no Lago Paranoá, em Brasília. Criada em Fortaleza em 2020 por três amigas que se conheceram em um grupo de apoio para mulheres diagnosticadas com câncer de mama, a Associação Lua Rosa visa amparar e auxiliar mulheres durante e após o tratamento da doença. A associação imprime um olhar mais atento ao momento posterior ao tratamento, engajando mulheres em atividades que as ajudem na reestruturação social, emocional e financeira. Viva!

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação e  Legado das Águas, Divulgação /Acervo #OxeRecife

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