No Sertão, Parque Estadual Mata da Pimenteira completa dez anos

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Com 887,24 hectares que se espalham pelo município de Serra Talhada – no Sertão do Pajeú – o Parque Estadual Mata da Pimenteira está completado uma década. O PEMP foi a primeira unidade de conservação da natureza do estado na área da caatinga que, como vocês sabem, é um bioma exclusivo do nosso Nordeste brasileiro e único no mundo. O parque tem, portanto, grande importância em atividades que se destinam ao estudo e proteção da fauna e da flora sertanejas.

Normalmente associada à paisagem agreste da  macambira e  do mandacaru, a caatinga tem flora rica e resiliente que se recompõe com rapidez às primeiras chuvas, após longos períodos de seca. Só no PEMP há ocorrência de cerca de 50 espécies, entre árvores, arbustos e cactáceas, tais como aroeira, braúna, umbuzeiro, pereiro, cipó, juazeiro, ipê-roxo, jurema. As  cactáceas também são abundantes na paisagem, tais como o mandacaru, o facheiro, a palma. Por conta da riqueza da flora, a fauna é variada.  Até agora, os registros somam 44 espécies de aves, tais como galo-de-campina, urubu-de-cabeça-vermelha, sabiá, golinho, bem-te-vi, asa branca, coruja buraqueira (foto superior).  Entre os mamíferos, são observados tatus, cagaços, timbus, mocós e outros.

Administrado pela Agência Estadual do Meio Ambiente, ao longe dessa década, o PEMP  vem contribuindo com a preservação e a restauração da diversidade ecológica da Caatinga: ampliando a representatividade dos ecossistemas estaduais protegidos como unidades de conservação, incentivando a implantação de ações que promovem a recuperação das áreas degradadas, proporcionado meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental.

Apesar do aspecto agreste, a Mata da Pimenteira, no Sertão, tem riqueza de flora e fauna.

Além disso, o PEMP também protege espécies endêmicas e as espécies raras ameaçadas de extinção ocorrentes na área e nos remanescentes florestais da região, promovendo a educação, a interpretação ambiental e a recreação em contato com a natureza, apoiando o desenvolvimento sustentável, respeitando a capacidade de suporte ambiental da caatinga, potencializando as vocações naturais, culturais, artísticas, históricas e ecoturísticas da região.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife

Fotos: Cprh / Divulgação

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