Macacos do Parque Treze de Maio ainda esperam por transferência para outros locais

Sinceramente, já era mesmo tempo de tirar os animais silvestres do Parque Treze de Maio, o maior do centro do Recife. É verdade que eles eram uma atração a mais para a criançada, pois é raro o pequeno (a) que não gosta de ver bichinhos de perto. Até os adultos curtem, não é? O problema é que os animais estavam em péssimas condições, em jaulas minúsculas. E  isso há um tempão, o que não é justo para mamíferos e aves ali confinados.

Uma vez, em 2011, o macaco-prego Chico aproveitou um descuido e fugiu. Deu trabalho para ser resgatado, mas deve ter adorado o sabor da liberdade, pois pela primeira vez em tantos anos saiu pulando de árvore em árvore, embora no Centro a selva de pedra seja maior do que as áreas verdes.  De qualquer forma, deve ser melhor circular no centro do que viver em uma jaula. Chico só foi resgatado com ajuda de uma frequentadora assídua do Parque, que todos os dias o visitava. O animal ficou tão nervoso com o cerco que chegou a morder o tratador e um taxista, no momento do resgate. Só relaxou quando a  “amiga” chegou. E se deixou levar.

A arara-canindé é um dos animais que não podem mais viver no Treze de Maio. Parque terá Praça da Criança

Pois bem, os 48 animais que lá vivem, incluindo os macacos, vão ser transferidos para outros locais. Entre eles, arara-canindé (linda, foto), rolinhas, patativas, siriemas. A transferência ainda não foi concluída, mas deve terminar lá para o dia 15 de novembro. Os primatas ainda estão no mini zoológico. No local, será construída mais uma Praça da Criança, segundo o Prefeito João Campos (PSB).

Inicialmente, os animais estão sendo encaminhados para o Centro de Triagem de Animas Silvestres, o Cetras Tangara, que fica no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife. Ligado à Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), o órgão é legalmente encarregado de cuidar de animais silvestres no Estado. Lá, eles são avaliados e reintroduzidos à natureza. No caso dos bichinhos do Treze de Maio, alguns podem não ter mais condições de retornar à vida selvagem,  pois em cativeiro por muitos anos eles perdem as práticas de necessárias à sobrevivência na natureza como procurar alimento se defender de predadores. Estes serão encaminhados para instituições que possam zelar por eles.  O Parque Treze de Maio tem 6,5 hectares e foi implantado no início do século passado.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Genival Paparazzi) / G.F.V Paparazzi / ZAP (81)995218132)/ gfvpaparazzi@gmail.com

 

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