Nesses tempos de preocupação mundial com os destinos do Planeta – após a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris pelo Presidente Trump – assume ainda maior importância a Conferência das Nações Unidas para Mudança de Clima, a que acontece no mês de novembro, em Belém, no Pará. Aquele tratado internacional sobre mudanças climáticas envolve quase 200 países, que se comprometeram a trabalhar juntos para reduzir o aquecimento global. Com a saída dos EUA, os outros países terão que redobrar os cuidados e a vigilância. Até porque, como se sabe, o aumento da temperatura da terra vem superando as expectativas e provocando eventos climáticos extremos, enquanto o país de Trump só perde em emissão de gases que agravam o chamado efeito estufa para a China.
Ou seja, o mundo tem que se mexer para barrar o caos climático em que já estamos vivendo, e que pode se agravar ainda mais com a auto exclusão dos Estados Unidos do tratado internacional, que foi firmado em 2015. Nessa semana, o Presidente Lula anunciou quem será o Presidente da COP 30. É o Embaixador André Aranha Corrêa do Lago, atual Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, onde está desde março de 2023. Bacharel em economia, ele entrou na carreira diplomática em 1982, tendo exercido funções nas áreas de organismos internacionais, promoção comercial, cerimonial e energia; e servido nas embaixadas do Brasil em Madri, Praga, Washington e Buenos Aires, e na Missão junto à União Europeia. Foi Embaixador no Japão (2013-2018), na Índia (2018-2023). Entre 2019 e 2023, passou a acumular a Embaixada da Índia com a do Butão. Tem livros e artigos publicados sobre mudança de clima e desenvolvimento sustentável.
“É uma honra imensa e acredito que o Brasil pode ter um papel incrível nessa COP. A COP a gente vai ter que construir todos juntos. Além do governo, com a sociedade civil, o empresariado, todos os atores essenciais na primeira formação do que o Brasil quer dessa COP. Vamos juntos fazer uma COP que será lembrada com entusiasmo” disse ele, que terá ao seu lado Ana Toni, como diretora executiva da COP30. Ela é Secretária Nacional de Mudança de Clima do Ministério do Meio Ambiente. A COP30 é um encontro global anual, onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater mudanças do clima, sendo um dos principais eventos do tema no mundo. E contará com a presença de chefes de estado, ministros, diplomatas, representantes da ONU, cientistas, líderes empresariais, ONGs, ativistas, e outros integrantes da sociedade civil de mais de 190 países. “O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério das Relações Exteriores ocupam essas duas posições que são estratégicas na parte de conteúdo, negociação e liderança de todo o processo da COP”, afirmou a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: seaud.secom@presidencia.gov.br
Finalmente uma escolha técnica acertada do presidente, que tem optado desde o início do governo por indicações políticas (na maioria desastrosas)na composição da equipe governamental.
Sem os EUA, o dos países mais poluidores do mundo, essa COP vai ter um esforço ainda maior, pra se conseguir algum avanço na melhoria do clima no planeta