Vem aí a vigésima terceira edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato, a maior do setor, na América Latina. Aguardada com muita expectativa pelos artesãos e pelo público, ela acontece entre os dias 5 e 16 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco. Em 2023, o tema escolhido é “Loiceiros de Pernambuco – Arte da terra, poesia de das mãos”. Trata-se de homenagem à arte feita em barro pelos povos indígenas, dos quais foi herdada a tradição de moldar a argila, que marca, ainda hoje, muitas regiões do Brasil, como a Zona da Mata (Tracunhaém) e o Agreste de Pernambuco (Caruaru); o Vale do Jequitinhonha (em Minas Gerais); o Recôncavo Baiano (Bahia); a Ilha de Marajó (Pará); o Seridó (no Rio Grande do Norte).
O evento consumirá R$ 8 milhões em investimentos, porém espera movimentar pelo menos R$ 40 milhões. A maior novidade da 23ª Fenearte, no entanto, não é o tema escolhido pois, a cada ano, arranja-se um. A novidade é que o megaevento não se limitará ao Centro de Convenções, segundo anunciou hoje a Governadora Raquel Lyra (PSDB). É que entre os dias 11 e 15 de julho, o Recife e Olinda respirarão o clima da Fenearte, no chamado Circuito Fenearte. Pois ela será repicada em 50 espaços culturais das duas cidades e mobilizará, ainda, 30 galerias de arte. Além disso, dez restaurantes previamente escolhidos também entram no clima, e oferecem cardápios especiais no período.

São eles: Altar Cozinha Ancestral, Bar do Cabo (que apesar do nome fica em Brasília Teimosa), Cá-já, Cais Rooftop, Chica Pitanga, Oficina do Sabor, Moendo na Laje, Retetéu, São Pedro e Vieira. Também haverá rodas de conversa no Centro do Recife, mais precisamente no Cais do Sertão, que fica vizinho ao Centro de Artesanato de Pernambuco, ambos funcionando na Avenida Alfredo Lisboa, ao lado do Marco Zero do Recife. A Fenearte teve início em 2000, durante a gestão do Governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), colecionador de peças de artesanato e grande incentivador do setor.
Mas explodiu durante a gestão do então Governador Eduardo Campos (PSB), quando consolidou-se como a maior vitrine de artesanato da América Latina e também como uma feira de negócios. Hoje, artesãos de todo o país e principalmente de Pernambuco passam o ano produzindo para o evento, onde recebem encomendas que lhes garante renda. Em 2023, a tucana Raquel introduz mudanças no modelo adotado pelo PSB e amplifica a Fenearte para centros de cultura, galerias e até restaurantes, talvez para imprimir a própria marca. De acordo com a organização da Fenearte, mais de 5 mil artesãos participarão da Feira, com representações de todos os estados brasileiros e mais 27 países. Haverá 305 estandes de estados e 73 só dedicados a cidades de Pernambuco, que sempre marcam grande presença no evento. Também haverá estandes de oito etnias indígenas. Os preços, dependendo do dia da semana, variam de R$6 a R$ 16.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins / #OxeRecife e SEI