Muito castigada pela inércia ou omissão do poder público – cujos gestores tradicionalmente não a tratam a Ilha com o cuidado que ela merece – Itamaracá conta com um grupo que vem trabalhando a sensibilidade da população, para que esta conheça melhor os seus encantos. E também os seus problemas. Infelizmente o município do Litoral Norte vem perdendo terreno para os do Litoral Sul, quando o assunto é turismo. E Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Tamandaré e Rio Formoso estão aí e não nos deixam mentir. O seu estado de abandono nem de longe se compara, por exemplo, a ilhas de outros estados, como Itaparica e Morro de São Paulo (na ilha de Tinharé), que são grandes atrações turísticas na Bahia.
Para provocar “sensação de pertencimento”, o Grupo Itamaracá Preservada programou uma trilha ecológica pelo município, com incursões pela Mata Atlântica, com restinga e manguezal, que são ecossistemas daquele bioma. E ainda: Rio Paripe, Mata da Fazenda Salinas, Fonte Holandesa, Canal de Santa Cruz (com por-do-sol). E, por fim, trilha noturna, já para o retorno. O melhor de tudo é que o valor por pessoa é bem em conta: R$ 10. E o que for arrecadado será convertido em ações em defesa da Mata Atlântica, em Itamaracá, que fica a 40 quilômetros do Recife.
Segundo o coordenador do Itamaracá Preservada, Ruan Messias Fernandes, o passeio deverá ter um percurso de dez quilômetros. O ponto de encontro será em frente ao Forte Orange, na praia de Orange. A saída está prevista para 13h e o final, dependendo do ritmo do grupo, deve ser por volta das 18h. Ele informa, ainda, que os trilheiros contarão com ajuda de guia especializada, Manu Rodrigues. O grupo deverá ter no máximo quinze pessoas. E as inscrições já estão abertas, mediante o pagamento via PIX 81 991768203, do próprio Ruan. Podem ser feitas até à véspera do passeio, mas serão suspensas quando o grupo estiver formado.
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Texto: Letícia Lins/ #OxeRecife
Fotos: Grupo Itamaracá Preservada