Extremos: Salete Ferro troca Rio Grande do Sul pela Amazônia e lança livro

Compartilhe nas redes sociais…

De um extremo a outro. Assim é a trajetória de Salete Ferro, que nasceu, criou-se e se formou no Rio Grande do Sul, mas que hoje reside na cidade de Rorainópolis, que fica em Roraima, na Região Norte do Brasil. Ela mora ali desde 2001, onde se dedica a defender a natureza. E sua ação não se limita ao discurso. Pois é uma das responsáveis pela criação de duas entidades – “Associação Cuidando da Amazônia e Reconstruindo Relações” e “Cooperativa do Sabão Horizonte” – que têm como foco a sustentabilidade, a preservação do meio ambiente e os cuidados com  com a floresta que é hoje o principal pulmão mundo. Salete acaba de lançar o livro “Amazônia e seus encantos: crônicas da natureza”.

Ao invés de só enfatizar as atividades criminosas que consomem aquele pedaço imenso de chão, ela apresenta motivos para preservá-lo. No livro, por exemplo, conta sobre encontros com os povos indígenas e mostra como eles fazem parte do contexto que assegura a biodiversidade da Amazônia. E nós sabemos o quanto é difícil, diante da ação de madeireiros, do garimpo clandestino e do crime organizado. A autora relata a luta dos nativos para preservar as riquezas naturais, como quando, contrariando alguns grupos, fecham estradas durante o cair da noite para diminuir atropelamentos de animais. Entre as crônicas que revelam a natureza, a bióloga ressalta as propriedades de cura das plantas e frutas pouco conhecidas em outras partes do país, como o buriti e copaíba. (No resto do Brasil, os frutos de origem amazônica mais conhecidos são o cupuaçú e o açaí, ambos bastante consumidos de norte a sul do país. O cupuaçú e o taperebá são muito usados na produção de bombons e chocolates.

No livro, Salete aborda lugares como o Parque Nacional do Viruá, a terra indígena Raposa Serra do Sol e a agrofloresta no Sítio PANC também estão de forma detalhada nesta homenagem à terra fértil. “Amazônia e seus encantos” foi idealizado em reverência ao maior bioma do mundo, e se concretiza como um apelo à preservação desse patrimônio da humanidade. Através da obra, Salete  convida leitores de Norte a Sul do Brasil e do mundo a se engajarem nessa luta e mostra como os povos nativos e originários lutam pela preservação da floresta:

Os Yanomami, que vivem em Roraima, nos ensinam que a terra é um grande organismo vivo, chamado de urihi a pree, ou “a grande terra-floresta”. É a terra-floresta que nos dá vida e fertilidade, e, por isso, temos que respeitá-la e manter seu longo sopro de vida, sem esgotar seus recursos naturais. Assim, o conhecimento tradicional nos mostra como é essencial manter o equilíbrio em nossa vida e no planeta como um todo. (Amazônia e seus encantos, p. 63)

Salete Ferro nasceu no Rio Grande do Sul, mas mora em Roraima, onde se dedica às causas da Amazônia

Nos links abaixo, você confere mais informações sobre a Amazônia, já publicadas aqui no #OxeRecife.

Leia também
Amazônia: Nova unidade de conservação para proteger árvores gigantes
Indígenas formam brigadas contra incêndios
Meio Ambiente: Grupo BBF comemora regeneração da Mata na Amazônia
Dia da Árvore: Grupo BBF diz que plantará 40 milhões de pés de palma, cacau e açaí
Artigo: Dia Internacional das Florestas, vale a pena derrubar árvores? por Viktor Waewell
Artigo: O que o Brasil tem a ganhar com a pauta verde, por Wagner Ferreira
Mudanças climáticas provocam mortes de botos na Amazônia
Mortes de botos: Três operações tentam mitigar os impactos das mudanças climáticas
Parem de derrubar árvores. Caminhão apreendido com madeira clandestina da Amazônia
Madeira clandestina da Amazônia
Parem de derrubar árvores na Amazônia. Madeira clandestina
Dia da Amazônia: o boto e pequenos escritores na maior floresta tropical do mundo
Dia da Amazônia: Venda de sandálias reverte faturamento para organização indígena 
Floresta ainda queima e Lula diz que Amazônia precisa ser vista como canteiro de possibilidades
Ministério de Lula tem duas mulheres com muito prestígio internacional
Você sabia que a Amazônia rende muito mais com a floresta em pé?
Açaí, o ouro roxo da Amazônia, é a prova de que a floresta em pé é mais lucrativa que deitada
Amazônia: Projeto “Florestas de Valor” permite lucros a nativos com mata em pé
Conheça palmeiras nativas e exóticas
Ucuubeira preservada rende três mais do que vendida a madeireiras
Tucumã, a fênix da Amazônia
Verdade que a piranga é afrodisíaca?
O tapete vermelho do jambo-do-pará
Dia da Árvore: a “vovó” do Tapajós
Dia da Amazônia: Comemorar o quê?
No Dia da Amazônia, o Brasil tem o que comemorar?
Dia da Amazônia: Agrofloresta ou extração ilegal de madeira?
Por um milhão de árvores na Amazônia
Juçaí, o açaí da Mata Atlântica
Mães do mangue: Cozinha da maré
A festa dos ipês no Recife e no Pará
Amazônia teve 487 mil hectares de bioma queimados nos dois primeiros meses de 2023
Um dia antes da Conferência da Amazônia, Diálogos Amazônicos já mostram resultados
Amazônia pode virar um cerrado
Taxa de desmatamento tem aumento de 60 por cento no governo Bolsonaro
Tartarugas voltam aos rios no Pará
História de Pureza (contra trabalho escravo) vira filme com Dira Paes
Tragédia na Amazônia: Bruno e Don presentes
Velório: Indígenas prestam comovente homenagem a Bruno e Don
Dia da Amazônia: Agrofloresta ou extração ilegal de madeira?
Dia Mundial de Áreas úmidas passa em branco
Greenpeace e MapBiomas denunciam estragos no pulmão do mundo
O Brasil pegando fogo e Presidente bota a culpa no índio e no caboclo
Baderna inaugura delivery de mudas para recompor floresta amazônica
Queimadas provocam prejuízo de R$ 1,1 bilhão no Brasil, entre 2016 e 2021

Parem de derrubar árvores (no Amazonas). Derrubada da floresta aumenta, mas ilegalidade diminui
Parem de derrubar árvores. Caminhão apreendido com carga de madeira da Amazônia
Parem de derrubar árvores (no Pará)
Parem de derrubar árvores (em Anapu)
Mais madeira ilegal apreendida
Madeira irregular apreendida no Sertão
Parem de derrubar árvores na Amazônia. Madeira nativa clandestina de novo
Madeira clandestina da Amazônia
Dia da Amazônia: Agrofloresta ou extração ilegal de madeira
Dia da Amazônia:  Comemorar o quê?
No Dia da Amazônia, o Brasil tem o que comemorar?
Dia da Amazônia: a floresta em seu limite de sobrevivência
Toras de baraúna apreendidas no Recife
Operação Fumaça Zero apreende toras de madeira ilegal

Serviço
Título do livro: Amazônia e seus encantos: crônicas da natureza
Autora: Salete Ferro
Editora: Edição do autor
ISBN/ASIN: 978-65-5872-445-2
Formato: 15x22cm
Páginas: 80
Preço: R$ 58,90
Onde comprar: Amazon
Redes sociais: Instagram: @salete.ferro.94 | Facebook: ferro.salete | Youtube: |  Youtube: Salete Ferro

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins / #OxeRecife e Divulgação (capa do livro e foto de Salete)

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.