Eventos culturais movimentam Nazaré da Mata e Goiana nesse sábado

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Pensem em uma área culturalmente bem movimentada: a Zona da Mata Norte de Pernambuco. Todo final de semana, tem sempre alguma coisa rolando. Seja um encontro de maracatus de baque solto, seja um cinema rural sendo inaugurado, sejam vivências com nossos ritmos ou oficinas de música e até de artesanato . Nesse sábado, por exemplo, a mobilização é grande, partindo de dois municípios: Nazaré da Mata e Goiana.

Vejam que coisa interessante: Logo mais, às 15h, a Orquestra de Frevo Revoltosa realiza um projeto de intercâmbio cultural, o “Frevo no Terreiro”, levando frevo  ao Quilombo de São Lourenço . Detalhe: a Revoltosa é coordenada pela Sociedade Musical  5 de Novembro, que é considerada Patrimônio Vivo de Pernambuco, e que funciona como Ponto de Cultura em Nazaré da Mata, a 65 quilômetros do Recife. Já o Quilombo é localizado no distrito de Tejucupapo, em Goiana, a 60 quilômetros da capital  pernambucana. Os dois municípios ficam separados por distância de 60 quilômetros.

Nesse sábado, também, 20 crianças do mesmo quilombo – que fica em Tejucupapo – recebem diplomas por participação em oficina de música, comandada justamente pela Revoltosa.  A meninada se juntará com os músicos da banda e subirá ao palco para uma participação especial, em evento aberto às 300 famílias que moram na comunidade. O Maestro Severino Belarmino, conhecido como Maestro Sapatão,  realiza a entrega dos certificados aos futuros músicos.

Criançada de Tejucupapo, Goiana, participa de vivências musicais: “Frevo no terreiro”

Tejucupapo é um local conhecido não só por ter comunidade formada por remanescentes e descendentes de escravizados fugitivos, como se tornou famosa por suas mulheres terem enfrentando e vencido invasores holandeses, no século 17, armando-lhes arapucas com água fervente com pimenta, “arma” que os flamengos não esperavam encontrar.

Atrás das janelas (os maridos estavam fora, era dia de feira) elas enfrentaram os invasores com as ferramentas que dispunham. Conseguiram expulsá-los e o feito é comemorado até hoje com um espetáculo que acontece anualmente no local, quando a “batalha” é reproduzida e lembrada. O embate ficou conhecido como a Batalha das Mulheres de Tejucupapo.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Márcio Gervásio / Divulgação

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