Em tempos de atos antidemocráticos e fake news, educação midiática é sugerida nas escolas

Compartilhe nas redes sociais…

Haja trabalho. Para a Polícia Federal e para o Judiciário, diante de tantos golpistas agindo livremente pelas ruas, com ações de vandalismo que, antigamente, seriam chamadas de terrorismo. Para o governo federal derrotado nas urnas , no entanto, tudo é normal quando praticado por gente que está do lado deles, inclusive em atos antidemocráticos e criminosos: vandalismo, obstrução de estradas, danos contra o patrimônio público e privado. Ainda bem que, hoje, finalmente tem operação na rua para botar esses agitadores onde deveriam estar há muito tempo: na cadeia.

Também na mira da justiça, essa turma da milícia digital e do gabinete do ódio, que vive de abusar da divulgação de fake news. Depois de tantos retrocessos, chega em bom momento, o projeto de lei (2985/2022) protocolado pela Deputada Marília Arraes (Solidariedade), que pretende incluir na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação midiática. Sinceramente,  acho essa iniciativa bem oportuna. Seria um tema transversal nos currículos de educação básica, como objetivo de fortalecer a formação de pessoas com pensamento crítico, que estejam aptas a consumir e analisar informações combatendo, dessa forma, a força das fake news.

Nesses tempos de barbárie nas ruas e da institucionalização da mentira nos canais oficiais, após o desmantelo de tantas conquistas, inclusive na área da educação. Para Marília Arraes, “a proliferação de fake news tem levado a um estado de desinformação, que influencia grande parte da população”. E isso realmente é muito ruim. Ela reclama do excesso de notícias falsas em circulação e diz que a educação midiática “é uma das ferramentas das mais promissoras de proteção contra esse cenário”. Para embasar sua iniciativa, ela cita estudo da Open Society, que mostra ser a Finlândia o país onde às pessoas são mais resilientes à desinformação, incluído entre 35 estudados. E lembra que o sistema escolar finlandês ensina os estudantes a identificarem informações falsas,  despertando pensamento crítico e alfabetização midiática. Vamos ver o que acham seus pares. Por tudo que se está vendo, nossos estudantes vão precisar realmente de  muitas ações civilizatórias nas escolas. A própria Marília já foi várias vezes vítima de fake news.

Leia também
Deutschland uber alles” – Slogan de Hitler coincide com o de Bolsonaro, Brasil acima de tudo
O troféu de Pinóquio é de quem?
Campanha eleitoral: falta de propostas, desrespeito ao estado laico, sordidez, pedofilia
Dia do Nordestino: #nordestecomlula contra o fascismo tropical
Mais um petista morto por um bolsonarista
Um bufão no poder: Livro analisa negacionismo, catastrofrismo e messianismo em Bolsonaro
No Recife, o grito dos excluídos: “Queremos nosso país de volta”
Entardecer  patriótico: Festa impecável  para comemorar o Bicentenário
Bolsonaro repete machismo e misoginia
Homenagem de Bolsonaro a ele mesmo: autopromoção indevida e arrogante
Eleições: Não é difícil prever o que vem por aí
Ditadura e tortura pertencem ao passado
Carta em defesa da democracia será lida na Faculdade de Direito
Notícia falsa sobre descobrimento é retirada do ar
Velório: Índios prestam comovente homenagem
Tragédia na Amazônia: Bruno Pereira e Dom Presentes
Thiago Lucas: Morte e vida Severina e a geografia da fome no Brasil 2022
Historiador Marco Mondaini: As portas do inferno continuarão escancaradas
O Grito dos excluídos e excluídas
Finalmente o que faz Bolsonaro em Pernambuco?
Bolsonaro e a derrota do voto de cabresto

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Tiago Calazans / Divulgação

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.