Correta a transferência de animais do Parque Treze de Maio para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras Tangara), onde estão sendo monitorados, reabilitados e preparados para a reintrodução à natureza. Mamíferos e aves eram as principais atrações da maior área verde da área central do Recife, mas viviam confinados em pequenas gaiolas que não lhes rendiam o necessário conforto. Tomara que possam retomar à vida selvagem, porém é provável que alguns não mais consigam voltar à natureza, após tantos anos confinados. Já os animais que estavam lá em vida livre – gansos e patos – ficaram presos nas gaiolas que estavam vazias após a retirada de bichos como macacos e araras. Mas hoje também foram transferidos, embora nos parques mais famosos do mundo esse tipo de ave seja frequente nas lâminas d´água, como mostra a foto acima.
Na manhã dessa terça-feira, os patinhos foram retirados das gaiolas pela Prefeitura e CPRH (Agência Estadual do Meio Ambiente). Sinceramente, se há animais que deveriam ter ficado eram justamente os patinhos e gansos. Eles davam muito graça ao laguinho do Parque Treze de Maio. São aves que podem ser encontradas em lagos de qualquer parque de respeito do mundo. Estão aí , que não nos deixam mentir: o Central Park, em Nova Iorque (com seus gansos do Canadá e patinhos reais); e o Hyde Park, em Londres, onde há pelo menos seis espécies de anatídeos, família que inclui gansos, patos e cisnes. No Brasil, essas aves também integram a paisagem de outros parques das metrópoles mais conhecidas.
E nem é preciso ir muito longe. Pois aqui mesmo, no nosso país, temos o exemplo do frequentadíssimo Parque Ibirapuera, que está para São Paulo como o Central para Nova Iorque ou como o Hyde para os londrinos. Pois tal qual os dois outros parques famosos, o Ibirapuera também ostenta a graça das aves em seus lagos.
São 300 indivíduos: 120 cisnes, 120 gansos e 60 marrecos, que contam com uma atenta equipe de biólogos e veterinários que lhes garantem alimentação (40 quilos de ração por dia), vermifugação, anilhamento e acompanhamento desde as ninhadas, entre outros cuidados. O #OxeRecife procurou a Emlurb para saber do destino dos patos e o motivo da retirada, mas não houve atendimento nos telefones da assessoria.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Prefeitura de São São Paulo e Genival Paparazzi/ G.F.V Paparazzi / ZAP (81)995218132)/ gfvpaparazzi@gmail.com