Edifício Líbano, no Centro, ganha megamural: “O som nasce na semente”

Se ficar nas alturas já dá um friozinho na barriga, imaginem o que esses artistas não devem sentir, usando máscaras enquanto pincelam sua arte urbana no alto de um edifício assim, no ar, como passarinhos…. Mas as máscaras fazem parte da performance do grupo que acaba de concluir o mais recente megamural do Recife. Ele já pode ser visto na empena do Edifício Líbano, na Avenida Cruz Cabugá, em frente ao Parque Treze de Maio. A empena é como se chama a lateral de um edifício que não possui varandas nem janelas.

Digamos que a empena seja a parte mais sem graça de um prédio e a que mais contribui para a brutal aparência de selva de concreto das grandes metrópoles. Só arte urbana mesmo ou algo verde para quebrar essa aridez de pedra e cal. O tema escolhido pelos é bem sugestivo: “O Som Nasce na Semente”. O mural é assinado pelos artistas visuais Priscila Avelin, do Coletivo Acorde a Floresta, e Yony Seres, da Galeria Lama, que é formada de artistas urbanos. E que já conta até com sede, que fica na Rua Ulhoa Cintra, 122, no bairro de Santo Antônio, no Centro.

Mega mural na empena do Edifício Líbano na Avenida Cruz Cabugá quebra rigidez do concreto

O painel destaca a conexão entre a música e a natureza, lembrando que sem a biodiversidade, não existe música. O mural traz instrumentos utilizados na cultura popular como o maracá, a alfaia, o berimbau, entre outros que dependem de árvores para serem criados. “Nossa ideia é abrir um portal na cidade, uma imagem que revela a música no encontro com a floresta. Acordes criados com os tambores e instrumentos plantados na terra. Uma chave para sintonizar com a memória da natureza humana. A arte urbana é a manifestação que sensibiliza e dá cor à paisagem desta cidade”, comenta Priscila Avelin. O megamural contou, ainda, com a colaboração dos artistas urbanos Abrós Barros, Nomes, Nando ZV, Remy, Peste Negra e Juru.

No Recife, os megamurais abrem espaço para artistas periféricos estamparem suas narrativas em larga escala, promovendo a valorização da linguagem do grafite e da arte urbana em geral. O projeto em questão ficou em sétimo lugar no primeiro edital público promovido pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria Executiva de Inovação Urbana, que tem como objetivo transformar os prédios da cidade em obras de arte. O tema do edital, ‘Recife Cidade da Música‘, busca celebrar a vocação da cidade para esta linguagem artística e o ingresso do Recife na Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na categoria de música.

O Megamural “O Som Nasce na Semente” foi realizado com recursos financeiros do Edital de Credenciamento nº 002/2022, referente à realização de Megamurais, pela Secretaria Executiva de Inovação Urbana da Prefeitura do Recife, @inovacaourbana. Sua produção envolveu a participação de pelo menos 20 pessoas (incluindo artistas alpinistas). O projeto conta com apoio de várias instituições e empresas, entre elas a  Iquine (tintas) e Atlas (elevadores).

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: João Borges / Divulgação

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