Para reforçar a importância dos povos indígenas durante o mês da Amazônia, a Linus, criadora da primeira sandália de plástico vegana nacional, faz hoje campanha em favor do pulmão do mundo. É que vai reverter cem por cento do faturamento das vendas da sandália Linus Amazônia, adquiridas no dia 05 de setembro, para a Operação Amazônia Nativa (OPAN). A OPAN é a primeira organização indigenista fundada no Brasil, que atua no fortalecimento do protagonismo indígena por meio da qualificação das práticas de gestão de seus territórios e recursos naturais, de forma autônoma e sustentável.
Tudo para assinalar o Dia da Amazônia, comemorado nessa terça-feira. A sandália Linus Amazônia faz parte das cores fixas da marca e durante todo o ano já tem cem do lucro revertido à OPAN. Mas nesse 5/9, no entanto, a empresa também arca com os custos de produção e operação e reverte não só o lucro, mas todo o valor do faturamento. Portanto, se você comprar hoje aquela sandalinha ali da foto acima, estará ajudando mais ainda a OPAN. A ideia da iniciativa surgiu de um relatório inédito divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês), que apontou que os povos indígenas são os melhores guardiões das florestas tropicais e fundamentais para o equilíbrio do clima no planeta.
Resultado do primeiro estudo dedicado pela FAO ao papel dos povos indígenas com base em evidências científicas, o relatório evidencia que a perda de gás carbônico, responsável pelo efeito estufa e aceleração das mudanças climáticas, é infinitamente menor em terras indígenas na Amazônia. “Queremos reforçar que nosso bem-estar está diretamente ligado à saúde da Amazônia e que não é possível estabelecer esta relação de respeito sem a valorização do conhecimento indígena e a preservação dos seus direitos”, afirma Isabela Chusid, CEO e fundadora da Linus. A parceria com a OPAN foi firmada há alguns anos pela Linus, levando em conta a atuação da organização, pautada por meio do convívio e envolvimento direto no cotidiano das aldeias, que são o núcleo orientador das propostas e desenvolvimento dos projetos.
Segundo a empresa, “a primeira sandália de plástico vegana nacional” foi projetada por designers, engenheiros de material, ortopedistas e especialistas em palmilhas. Ela alega que seus produtos são compostos por 70% de fontes renováveis, com material 100% reciclável e “com uma pegada de carbono negativa”, de 0,364kg de CO2e por unidade, para os pares vendidos e comercializados em 2021. A marca também é certificada pela The Vegan Society, instituição reconhecida internacionalmente por assegurar que os produtos não contém ingredientes de origem animal e não são testados em animais. A Linus informa que compensa a emissão de carbono e todo o plástico e papel que produz. É certificada pela The Vegan Society, instituição reconhecida internacionalmente por assegurar que os produtos não contém ingredientes de origem animal e não são testados em animais. Criada por Isabela Chusid, eleita entre os jovens mais promissores do Brasil abaixo dos 30 anos pela Forbes, na lista Under 30 de 2021, a marca cresceu 700% na pandemia. Em setembro de 2021, esteve presente na New York Fashion Week, uma das principais semanas de moda do mundo. Em fevereiro de 2022, a marca anunciou o início da operação na Europa por meio do e-commerce europeu.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins e Divulgação / Linus