FPI: Cuidado com iogurte clandestino

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A Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia do São Francisco em Pernambuco (FPI) interditou, na noite de terça-feira (23), uma fábrica de laticínios irregular, localizada no município de Floresta, a 439 quilômetros do Recife. Na cidade, a FPI já havia detectado lixão irregular, onde moram adultos e crianças.  Nada menos de 1.520 quilos de produtos foram apreendidos. Os produtos não tinham registro, mas estavam prontos para serem comercializados. E em um supermercado da cidade, também foram recolhidos 771,64 quilos de alimentos que estavam sem registro em órgãos competentes ou com problemas de conservação. Entre eles estavam iogurtes, queijos e carne de frango.

A ação, que integra uma força-tarefa com mais de 20 órgãos, teve início pela manhã e se estendeu até à noite. A fábrica, que foi alvo da investida, produzia diversos tipos de iogurtes. E mesmo sem registro, nem licença ambiental para funcionar, estava comercializando os produtos em mercados e conveniências da região. Durante a fiscalização, ainda foram constatados problemas como a ausência de regularidade na dosagem de cloro, avarias no piso, tubulações em desacordo com as normas técnicas, água residual nos espaços de produção, mangueiras e registros de gás vencidos, e mais.De acordo com a coordenadora da equipe Abate, Glenda Holanda, a fábrica estava com o registro da Adagro cancelado e não poderia estar funcionando.

“Além dos problemas estruturais, não havia registro de autocontrole nas etapas do processo produtivo, a contar do recebimento da matéria-prima, seu processamento, até a finalização do produto. Isso poderia impactar na qualidade do produto e na saúde da população”, detalhou. No local, foram recolhidos 3.761 iogurtes, 1.313 embalagens rotuladas e 14 bobinas de rótulos”, disse. Mais de 20 técnicos participaram da ação na cidade de Floresta. Todo o material recolhido na fábrica e no supermercado foi encaminhado para o aterro sanitário da cidade de Petrolândia, onde foi destruído. A FPI é coordenada pelo  Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). E conta com  participação de mais de 20 instituições.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: FPI / Divulgação

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