Sem o brilho do passado –quando chegou a ser considerado com o maior público entre os festivais brasileiros de cinema – começa nessa segunda-feira (4/9) a 27ª edição do Cine-PE Festival de Audio Visual. A abertura do evento acontece a partir das 19h, no Teatro do Parque, no bairro da Boa Vista. Normalmente a cerimônia de abertura ocorria no Cinema São Luiz que, infelizmente, permanece fechado ao público por inércia do Palácio do Campo das Princesas. E isso, desde a gestão anterior. É que o nosso mais icônico cinema, como vocês sabem, é administrado pela Fundarpe, depois de ter corrido o risco de se transformar em um templo evangélico. Mas funcionar que é bom…. nada!
Então, vamos ao Teatro do Parque, que reconquistou o seu velho esplendor, depois de mais de uma década fechado, para uma reforma que quase não termina. Mas felizmente, com bom resultado, quando concluída. Pois – tirando o seu entorno, que precisa urgentemente de requalificação – o Teatro do parque virou unanimidade. Está lindo. Já o Cine-PE perdeu muito do seu glamour. E também do seu público. Lembro-me que o festival cresceu tanto, que as sessões passaram a ser exibidas no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, com capacidade para 2.371 pessoas sentadas. E, mesmo pagos, os ingressos eram disputados a tapa. Bastava se atrasar um pouco para a sessão, e já não se conseguia mais assistir os filmes da noite. Aparecia até cambista. E sempre tinha gente se acomodando nas escadarias.
Em 2023, o Cine-PE está bem mais enxuto. E os ingressos são gratuitos, podendo ser retirados a partir das 17h, na bilheteria do Teatro do Parque. Serão, ao todo, 26 exibições nas mostras competitivas, sendo seis longas e treze curtas, e mais sete curtas “made in” Pernambuco. Mas também haverá mostra paralela de curtas. Na noite desta segunda-feira, após a cerimônia de abertura (prevista para 19h), será exibido “Ainda somos os mesmos” (RS), de Paulo Nascimento (em mostra Hors-Concours). Em seguida, o público poderá conferir um filme da Mostra Competitiva de Longas: “Frevo Michilles (PE), documentário de Helder Lopes.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Andrea Rego Barros / PCR/ Acervo #OxeRecife