Caso Rafael Puglisi acende alerta para o verão: Todo cuidado é pouco na hora de mergulhar

“Nunca mergulhe de cabeça, mesmo que você saiba da profundidade da água, não ingira bebida alcoólica antes de mergulhar, pois isso aumenta os riscos de lesão. Não mergulhe em águas turvas e nunca empurre ou jogue outras pessoas dentro da água”. Com a proximidade do verão, e o aumento por procura de piscinas, rios, praias e lagos, o alerta  do médico Antônio Araújo, neurocirurgião do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês, é bem oportuno. Ele lembra que, no verão, o mergulho em água rasa “responde pela segunda causa de lesão da medula espinhal, ficando atrás apenas dos acidentes automobilísticos”. Ou seja, tudo cuidado é pouco.

Um conselho de profissional é o mesmo que sempre dei aos meus filhos. “Não mergulhe sem saber a profundidade da água”. Isso porque conhecia pelo menos cinco pessoas, do círculo próximo de amizade que sofreram acidentes desse tipo e ficaram paraplégicas, por conta de erro de cálculo no ato de mergulhar. O caso mais célebre, no entanto,  é do escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Feliz Ano Velho”, no qual narra o acidente que sofreu ao mergulhar em um lago, sem saber a profundidade, e que o deixou preso a uma cadeira de rodas. Na última segunda-feira (18/9), o dentista Rafael Puglisi, 35, morreu ao bater com a cabeça no fundo da piscina da própria casa. Ou seja, ele conhecia a profundidade, mas deve ter calculado mal o salto. Conhecido por ser muito procurado por gente famosa – estrelas de TV e até ídolos do futebol – ele sofreu traumatismo cranioencefálico ao mergulhar na piscina particular.

Mergulhar  pode implicar em risco grande para os banhistas no verão. Cuidado em piscinas, praias, lagoas, rios

O Dr. Antônio Araújo – que também é neurocirurgião da Clínica Araújo & Fazzito (SP) –  lembra que o mergulho em água rasa representa riscos significativos para uma pessoa. Segundo o neurologista, a prática pode resultar em lesões graves na medula espinhal, fraturas ósseas, lesões na cabeça e até mesmo na coluna vertebral. “Existem vários fatores que contribuem para os riscos do mergulho em água rasa. A principal é a falta de profundidade suficiente para amortecer adequadamente o impacto do corpo com o fundo ou com objetos presentes na água, como rochas ou detritos submersos”. Nesse caso, existe o impacto da cabeça contra o fundo da água, causando uma lesão por flexão ou extensão excessiva da coluna cervical, resultando em escorregamentos das vértebras cervicais, conhecidas como fraturas luxações da coluna cervical, e com potencial de compressão medular.

“Quando ocorre compressão medular cervical, existe uma perda imediata da mobilidade e da sensibilidade dos braços e das pernas, por um quadro conhecido como ‘choque medular’. Muitas vezes, estas vítimas precisam ser imediatamente carregadas para fora da água, senão correm um sério risco de afogamento”, explica. Deve-se ressaltar que, uma vez fora da água, é importante não mobilizar as vítimas sob pena de piora. O especialista comenta que outra preocupação é se a vítima está respirando. “Se a compressão medular ocorrer em níveis mais altos da coluna cervical, pode resultar em parada respiratória por comprometimento do nervo frênico, que responde pela mobilidade do diafragma durante a respiração”. Ou seja, para evitar acidentes como o de Marcelo e o do dentista, a conscientização sobre os riscos do mergulho não é só necessária, mas fundamental para garantir a segurança dos praticantes de esportes aquáticos. Nunca se esqueça das recomendações acima, dadas pelo profissional, para se evitar acidentes mais graves. Tem mais, nunca se atire de cabeça, se não sabe a profundidade da água. Aliás cautela nunca é demais. Seja em águas fundas ou rasas!

Leia também
Praia sem barreiras faz sucesso no final de semana entre os moradores do Agreste
Carnaval inclusivo: Festa no Praia sem Barreiras
Carnaval inclusivo: Rei de Rainha do Carnaval do Recife das Pessoas com Deficiência
Olhar para as diferenças: Crianças deficientes do Agreste e do Sertão ganham transporte especial
Praia sem barreiras retorna a Boa Viagem no Dia Internacional da Pessoa com deficiência
Relançado, Pernambuco Conduz facilita a vida das pessoas com deficiência
Praia sem Barreiras: 10 mil pessoas deficientes com direito a banho de mar
União Mãe de Anjos em fotografias
Dia “D”: emprego para deficientes
Renata Tarub: dança e inclusão social
Deficientes com vez no desfile do Galo
O carnaval inclusivo do Recife
Carnaval inclusivo na Rua da Moeda
Carnaval inclusivo Recife Antigo
Abertura do carnaval: inclusão, frevo, brega, samba, pífano e música eletrônica
Isso é muito bom: carnaval inclusivo
O frevo inclusivo de Werison
O ser humano encantado do frevo 
Música para Surdos: é o som da pele
Os incríveis batuqueiros do silêncio
Carnaval sem barreiras em Boa Viagem
A luta por inclusão e acessibilidade
 Campanha por escola inclusiva
Óculos trilíngues facilitam leitura para cegos
Síndrome de Down: despertando talentos
Cultura inclusiva em curso gratuito
Com o coração se faz uma canção
Síndrome de Down: Expedição 21
Portadores de Down ganham curso de jornalismo em PE
Saga de Bruno em cordel
Festa inclusiva no Parque da Jaqueira
Com respeito construímos a igualdade
Bruno, exemplo a ser seguido
Bruno, exemplo para todos
Encontro na estrada: passeio inclusivo
Caminhada para cadeirantes fez sucesso
Jovens da Apae mostram talentos
Macaxeira tem parque inclusivo
REC Férias inclusivo na Zona Norte
APA Petrolina bate recorde nacional e volta para casa com 54 medalhas: paratletismo em alta
Inclusão e superação: APA Petrolina arrebata 18 medalhas

Samira Brito, paraatleta do Sertão com  paralisa cerebral ganha mais uma corrida
Flor do Sertão, Samira Brito vai disputar no Marrcos. Paratleta foi convocada
Sertanejos fazem bonito em meeeting paralímpico e voltam para casa com 69 medalhas

Ana Augusta, a boa Mãe Malvada
Fenearte inclusiva: a primeira pizzaria do mundo com jovens com Síndrome de Down
Dicas de diversão para autistas, por quem entende do assunto
Portadores de Síndrome de Down ganham curso de jornalismo em PE
Cultura inclusiva em curso gratuito
Pernambuco conduz é relançado
Caminhada para cadeirantes fez sucesso
A luta por inclusão e acessibilidade
Renata Tarub: dança e inclusão social

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulg

 

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Letícia Lins / Acervo #OxeRecife e Divulgação / Assessoria da Clínica Araújo & Fazzito (SP)

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.