Casal cria duas reservas particulares de patrimônio natural na Caatinga

Nesses tempos de desmatamento e de aquecimento global, nada como comemorar e assinalar a iniciativa daqueles que se preocupam em preservar a natureza. A boa notícia vem do Ceará, onde acaba de ser criada mais uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). É a Reserva dos Azedos, que fica em Santana do Cariri. O melhor é que a reserva não é a primeira, mas sim a segunda criada pelo casal Severino Roberto Parente Garcia e Francisca Edna Rodrigues Parente em 2021.

A primeira RPPN criada pelo casal foi a Buritis Águas Naturais, que tem dez hectares e fica no mesmo município, localizado a 532 quilômetros de Fortaleza. Entre as espécies vegetais da nova RPPN encontram-se a palmeira Buriti (Mauritia flexuosa), o Gitó (Guarea guidonia),  o Jatobá (Hymenaea sp.),  a mutamba (Guazuma ulmifolia) e lacre (Vismia guianensis).  O buriti é a  palmeira símbolo da região. A criação da reserva conta com apoio especial: o da Associação Caatinga, que já participou da criação e da gestão de 31 RPPNs. O número equivale a nada menos das 75,6% das Unidades de Conservação privadas daquele Estado.

Além disso, a instituição elaborou os estudos que subsidiaram a criação do Parque Estadual do Cânion Cearense do Rio Poti, da Área de Proteção Ambiental (APA) do Boqueirão do Poti, e da UC piauiense Parque Estadual do Cânion do Rio Poti. As unidades de conservação têm, respectivamente, 3.680.55 hectares; 63.332,20 hectares e 24.772,23 hectares.

A Reserva dos  Azedos e a Buriti foram criadas com apoio técnico do projeto No Clima da Caatinga, idealizado pela Associação Caatinga, iniciativa que tem apoio do Programa Petrobrás Sociambiental.  Além disso, a instituição elaborou os estudos que subsidiaram a criação do Parque Estadual do Cânion Cearense do Rio Poti, da Área de Proteção Ambiental (APA) do Boqueirão do Poti, e da UC piauiense Parque Estadual do Cânion do Rio Poti. As unidades de conservação têm, respectivamente, 3.680.55 hectares; 63.332,20 hectares e 24.772,23 hectares.

O projeto “No Clima da Caatinga” é uma iniciativa patrocinada pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O projeto tem como objetivo mitigar os efeitos do aquecimento global por meio da conservação do semiárido, a partir do desenvolvimento de um modelo integrado de conservação da Caatinga. Na atual etapa, que terá a duração de três anos, o projeto, que atua no semiárido nordestino desde 2011, vai promover ações que vão desde a restauração florestal até a distribuição de tecnologias sociais de convivência com o semiárido e adaptação às mudanças climáticas.

Leia também
Três novas unidades de conservação têm animais ameaçados de extinção
Livro em defesa da Mata da Pimenteira
Mata da Pimenteira ganha ação
A Serra da Canoa da caatinga
Ventos que transformam no Agreste
Energia a partir dos ventos e água para quem tem sede no Agreste
As flores da caatinga em exposição
Longe dos ataques verbais de Brasília, Amazônia e Nordeste se entendem
Mudanças climáticas: Caatinga cada vez mais seca e Sertão quase sem água
Empresa de energia solar (Insole) paga conta por uma boa ideia
Reforço para pequeno produtor
Ministro manda oceanógrafo para caatinga. E o Sertão já virou mar?
Crise hídrica: ” tenho sede” e “esta sede pode me matar”, adverte Gilberto Gil
Cisternas mudam a vida dos sertanejos
MapBiomas confirma alerta feito há meio século: “O Rio São Francisco está secando”
Mudanças climáticas: Sertão sem água e caatinga cada vez mais seca
Velho Vhico recebe 40 mil peixinhos
De olho no Sertão do São Francisco
Desmatamento no Sertão do Araripe
FPI: A despedida da vida no lixão
FPI resgata animais em risco no Sertão
A Serra da Canoa na caatinga
Gatinho órfão, onça puma volta saudável para a caatinga
Falta d´água é entrave ao crescimento
No Sertão, palhada da cana alimenta o gado de 51 mil criadores
Degradado, Sertão vai ganhar ação de reflorestamento em 2021
Caatinga ganha 321 mil árvores nativas 
O Rio São Francisco está secando
Ventos que transformam no Agreste
Prêmio para quintais agroecológicos
MST: Da ocupação de terras ao plantio de 100 milhões de árvores

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / Projeto No Clima da Caatinga

 

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.