Para muitos, a praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, é um verdadeiro paraíso. Com suas águas cristalinas, atrai turistas de todo o país e também do Exterior. Há inclusive aqueles que passam longe do Recife, e vão direto do Aeroporto dos Guararapes para o Litoral Sul, curtir o sol, os frutos do mar e as badalações noturnas. O problema é que tanto agito e movimento despertam, também, a cobiça da bandidagem.
E a presença desses grupos por ali já não é novidade para as autoridades de segurança. “A facção que opera hoje em Ipojuca é oriunda do Rio de Janeiro”, afirma o Tenente Coronel Uirá Ferreira, comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), do Rio de Janeiro. Ipojuca é o município localizado a 57 quilômetros do Recife, onde ficam praias famosas como Porto de Galinhas, Maracaípe e Muro Alto. “Ações como fechamento de comércio, barricadas, atear fogo em coletivos, são parecidas com as da facção que domina as comunidades no Rio de Janeiro”, adverte.

Uirá foi um dos palestrantes do Seminário “Contribuições do Poder Legislativo Estadual à Segurança Pública em Pernambuco”, que movimentou a Assembleia Legislativa de Pernambuco até o final de semana. Durante dois dias, especialistas de todo o país e deputados discutiram temas como prevenção, combate ao crime organizado, e até problemas ligados à saúde mental de integrantes das forças de segurança, já que exercem profissão de alto risco. Uirá falou sobre temas em evidência na área: “O narcotráfico, facções criminosas e ampla divulgação de fake news por parte dos criminosos para confundir a população”.
Uirá – uma das figuras mais aguardadas no evento – afirmou que uma das batalhas das forças de segurança no Rio de Janeiro é a chamada “guerra informacional”, usada para desarticular e desacreditar as ações policiais:
O crime usa muito bem as redes sociais. As fake news se transformaram numa guerra de informação contra as ações policiais. Muitas vezes, temos que defender as tropas dos questionamentos sobre as operações. É difícil contrapor essas narrativas falsas.
No Rio de Janeiro, como se sabe, o crime é dominado pelas milícias e pelo tráfico de drogas. A julgar pelos números, esse “setor” também pesa muito na marginalidade em Pernambuco. “Temos atualmente 34 mil presos no Estado, sendo que 32 por cento por tráfico de drogas”, afirma o Secretário Executivo de Ressocialização de Pernambuco, Cícero Rodrigues. Ele disse que, desde 2007 – quando teve início o Pacto Pela Vida – a população carcerária do estado mais do que dobrou. Cresceu 113 por cento. É salutar que o Poder Legislativo de Pernambuco providencie seminários, mesas redondas e reuniões para discutir problemas que atingem a sociedade e afetam a cidadania da população.
Abaixo, você confere outras iniciativas da Alepe, da Câmara Municipal, ações de cidadania e iniciativas, também, de anti cidadania.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins / Acervo #OxeRecife e Alepe / Divulgação