Sei não… A gente entra nas redes sociais, e só vê as pessoas se gabando de ter papagaio e arara em casa, de criar macacos como pets (já existe até guarda-roupa especial para estes), todos os tipos de pássaros (alguns ainda com penas por nascer), tatus, esquilos, lontras. No exterior, tem quem poste até ursos e leões como “pets de estimação”. Ainda há aqueles que maltratam os bichos, só para chamar a atenção e ver se arranja um “like” a mais.
Como vocês viram recentemente, até o ex-Ministro da Justiça, Anderson Torres, tinha aves silvestres em casa. Como se sabe, é crime manter aves silvestres em cativeiro. Em Pernambuco, a Agência Estadual de Meio Ambiente acaba de resgatar animais exóticos e nativos, que estavam sendo ilegalmente criados em um residência, no município de Caruaru, a 130 quilômetros do Recife. A Cprh foi acionada pela Polícia Civil na noite da última quarta-feira, assim que esta descobriu o “zoológico”. A infratora foi multada em R$ 16 mil. Como se sabe, o tráfico de animais movimenta bilhões por ano no mundo e só perde mesmo para o de drogas.
No total, foram apreendidos 57 animais exóticos, sendo: 45 serpentes popularmente conhecidas como cobra-do-milho (corn snake), originárias da América do Norte. E ainda doze geckos, espécie de réptil originária da Ásia, além de onze ovos da cobra-do-milho. De acordo com a Lei Federal 9605/08, não é permita a criação nem a venda desses animais no território nacional. No cativeiro os policiais civis também encontraram uma serpente jiboia (Boa constrictor), pertencente à fauna brasileira.
“Trouxemos os exóticos para o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres e faremos gestão para que eles sejam entregues aos empreendimentos de fauna como zoológicos ou mantenedores científicos pois”, afirmou o Gerente da Unidade de Gestão da Fauna da CPRH, Iran Vasconcelos. Esses animais não podem ser soltos no Brasil, por não fazerem parte da fauna nativa brasileira. Já a jiboia, entrará no programa de reabilitação Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres da CPRH, o Cetras.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Cprh / Divulgação
