Depois de muitos contratempos para as cerca de 1 milhão 800 mil de pessoas que necessitam de transporte público rodoviário na Região Metropolitana do Recife, finalmente chegou ao fim a greve dos motoristas de ônibus, após seis dias de paralisação. Foi a mais longa realizada em Pernambuco pela categoria nesse século 21. Os profissionais do volante voltaram ao serviço com quatro por cento de aumento salarial, quando exigiam dez por cento.
Os quatro por cento, aliás, se estendem, também, a outras exigências como o tíquete refeição e a gratificação por dupla função (motorista e cobrador). Os rodoviários exigiam inicialmente dez por cento de aumento (depois reduzidos a cinco por cento, após as primeiras negociações), R$ 500 de tíquete refeição e R$ 200 de gratificação. Os patrões ofereciam aumento salarial de três por cento, R$ 370 para alimentação e R$ 150 de gratificação.
As propostas patronais foram rejeitadas, e o assunto só foi resolvido com a intermediação do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região. Segundo o Presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, os patrões se comprometeram, ainda, a abonar 70 por cento dos dias parados.
Para a população, os dois primeiros dias de greve foram os mais difíceis, porque também houve paralisação dos metroviários, quando cerca de 2 milhões de pessoas ficaram sem transporte público, nem ônibus nem metrô. Após 48 horas de greve, os metroviários voltaram ao serviço. Os coletivos rodoviários só voltaram a circular a partir das 14h dessa segunda-feira.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Genival Paparazzi) / G.F.V Paparazzi / ZAP (81)995218132)/ gfvpaparazzi@gmail.com