Tatu-peba cevado para comer e torneio de caça no Agreste. Fiscalização!

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Tatu-peba sendo cevado para se comer. Pode, um negócio desse?  O animal silvestre, que pode é achado livremente na caatinga, estava confinado em um  tonel, espaço muito pequeno, longe de suas refeições prediletas achadas ao ar livre, nas matas. O bichinho, no entanto, estava em período de engorda para ser consumido. Matar ou caçar animal silvestre é crime ambiental. O mamífero terá destino melhor do que o planejado por seus algozes: será reintroduzido à natureza.

O tatu-peba e 79 outros animais foram recolhidos, durante a Operação Despertar do Curupira, realizada na Unidade de Conservação (UC) Brejos do Capibaribe, no município de Brejo da Madre de Deus, localizado a 204 quilômetros do Recife. As aves, mamíferos e até quelônios estavam em cativeiro. A ação foi comandada pela Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) e contou com apoio da Companhia de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma), da Polícia Militar. Além de recolher os animais para posterior reintrodução à natureza, a CPRH aplicou um total de R$ 22 mil em multas.

Aves são os animais mais visados pelo tráfico de animais silvestres no Brasil. O Nordeste não é exceção.

O objetivo da operação foi combater a caça e o tráfico de animais silvestres na região Agreste, faixa de transição entre a Zona da Mata e o Sertão. Também foram apreendidas armas usadas na caça (sete espingardas), uma motosserra (a famigerada) e destruídas 52 gaiolas. Tanto na Capital, porém principalmente no interior do estado, ainda se cultiva a cultura de manter passarinho na gaiola para ouvi-lo cantar. Infelizmente. Outros, fazem deles meio de vida, alimentando o tráfico.

O tatu, o papagaio verdadeiro e de dois jabutis foram alvos de entrega voluntária, o que isenta os “tutores” de multa. Porém foram apreendidos pássaros  de espécies como o azulão (onze), a sabiá (três), o sanhaçu (dois), patativa (três), papa-capim (dez), salta-caminho (11),galo-de-campina (seis), canário da terra (doze), golinha (seis), papagaio-do-mangue (dois), concriz (dois), tuim (um), pinta-silva (um), craúna (dois) e xexéu (um).

“A área tem uma imensa importância biológica, inclusive com a presença de Brejo de Altitude, que possui rica vegetação. A diversidade da fauna nativa chama a atenção dos caçadores”, afirma Cosme Castro Júnior, Chefe do Setor de Unidades de Conservação da CPRH”.  Pior: “Há denúncias, inclusive, de torneios de caça na região”. A natureza agradece a realização de ações como esta. E é preciso que sejam muitas. Até porque se os estados não se mobilizarem,  o meio ambiente estará em risco, porque o Governo Federal já mostrou não ter nenhum, mas nenhum apreço com os recursos naturais do país. Então, os estados e municípios precisam é atuar. E cada vez mais.

Veja o vídeo da operação, inclusive do recolhimento do tatu:

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos e vídeo: Divulgação / Cprh

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