Eles já estão circulando de cetro e coroa. Mas quem são, afinal, o Rei e a Rainha do Carnaval #VolteiRecife 2023? As novas majestades da maior festa popular do Recife têm muita vivência com o ritmo mais tradicional do carnaval pernambucano, o frevo. Brhunno Henrique, o Rei Momo, é professor da Escola Municipal de Frevo. E Mayara Araújo é bailarina profissional. Ou seja, faz o passo como ninguém. Desde 2016, ele tentava virar majestade. E ela nem mesmo quando teve um câncer, desistiu do sonho de ser rainha.
Para Brhunno Henrique, professor da Escola Municipal de Frevo, a vitória vem com sabor especial. “Eu sabia que ia chegar o meu momento e, hoje, ele chegou”, afirma, sem esconder a emoção de ver a festa se realizar de novo, após dois anos suspensa por força da crise sanitária. Eles receberam cetro e coroa dos “monarcas” eleitos em 2020 (Marcone Santos e Ruanna Oliveira). “Eu estou muito ansioso porque a ausência do Carnaval por conta do período pandêmico só valida ainda mais a nossa emoção. Eu espero que seja um reinado inesquecível”. O sonho de ser rei é antigo. Desde 2016 vinha concorrendo ao posto máximo de majestade. Assim como Mayara, que também disputou o título diversas vezes, ele também é prova viva que a disciplina e o empenho em busca de um sonho valem sempre a pena.
Mayara Araújo é bailarina profissional com carreira internacional. Como o Momo, a Rainha do Carnaval também não disfarçou a emoção. “O coração tá aqui apertadinho. A gente se prepara o ano inteiro”, diz. “Eu sou artista, sou dançarina, mas esse momento é único, o momento de ser coroada rainha e grande representante do Carnaval recifense, que é um Carnaval multicultural e plural, um Carnaval do povo e de resistência”, afirma. Mayara. Antes de voltar da turnê pela Europa, ela havia recebido diagnóstico de um câncer, mas nem por isso desistiu. Enfrentou a doença, e a concorrência para conquistar o título que tanto sonhou. A primeira vez que ela tentou o título de rainha do Carnaval do Recife aconteceu há exatos dez anos. Hoje, no Pátio de São Pedro, no Centro, tem mais concurso. Mas não é para escolher rei nem rainha, mas o melhor passista da cidade. A partir das 17h.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Marcos Pastich / PCR