Uma das pérolas arquitetônicas do bairro do Recife, o prédio onde funcionou uma agência e o Centro Cultural dos Correios na capital pernambucana está em triste situação. Em petição de miséria mesmo. Estive andando pelas ruas centrais da cidade com o Grupo Bora Preservar, no último domingo, e fiquei triste com o que vi. É que o outrora imponente edifício, de construção inspirada no classicismo francês, encontra-se em estado de abandono, com porta fechada com corrente e cadeado, mas é possível perceber de suas janelas escancaradas que uma parte do teto desabou. O que é uma pena, pois o edifício é lindo.
E é assim que um prédio começa a entrar em ruínas. Primeiro o teto, depois as janelas começam a cair ou são roubadas, depois as marquises e paredes também caindo, não é mesmo? No térreo do prédio, funcionava uma agência postal. Bem antiga, por sinal. Pois o imóvel havia sido comprado em 1921, pelo antigo DPC (Departamento de Correios e Telégrafos). Nos andares superiores, ficava o Centro Cultural, que abrigava seis salas de exposição, auditório, restaurante (bistrô), sala com peças históricas. Lembro de exposições memoráveis ali realizadas, inclusive uma sobre postais antigos, que encantou crianças e adultos, nesses tempos em que correspondência em papel caiu em desuso e virou peça de museu. Recordo que, à época, eu cheguei a recomendar a expô para uma amiga, pois havia “cada postal lindo”. E o filho dela, então com seis anos, ao me ouvir falar em postal, indagou: “o que é isso?”… Pois, o antigo Centro Cultural dos Correios virou apenas uma lembrança. Como um postal antigo. O prédio onde ele funcionou fica na Rua Marquês de Olinda, 262.
Está situado justamente na esquina com a Rua Madre de Deus. Passem lá para ver a bagaceira. Foi restaurado entre 2006 e 2007, para abrigar o Centro Cultural dos Correios. Funcionava de terça a sexta, das 9h às 18h. E, aos sábados e domingos, de 12h às 18h. Perdi as contas das vezes que lá estive, em diferentes eventos culturais, inclusive apresentações musicais. Em 2019, se não estou enganada, a agência postal foi fechada. Em 2020, o Centro fechou as portas, durante a pandemia. Em 2021, chegou a ser invadido por 150 famílias sem teto, cerca de 750 pessoas. Depois, foi anunciado que o prédio iria a leilão, juntamente com outros dos correios localizados em diversas regiões do país. E, desde então, não se falou mais no assunto. Enquanto nada acontece, o bonito edifício entra no rol dos imóveis desocupados, decadentes do centro e mais um destinado a virar ruína no centro.
Nos links abaixo, você confere mais informações sobre o Bairro do Recife e outras áreas centrais da cidade.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife
Letícia, como os nossos Jornais e Rádios fecham as portas para o Cidadão ouvintes e leitores das Mídias, esses seus alertas sobre o Recife nos fazem um bem enorme, pois ainda temos Jornalistas que com Cidadania e dentro da Verdadeira Constituição criticam os Poderes Públicos com Provas contundentes. Esse Tesouro de História e Arquitetura não é somente o único Patrimônio da Cidade que está abandonado, o Recife é uma Cidade mal assombrada. Ontem Profissionais de todos os matizes e Servidores da Prefeitura do Recife, Aposentados ou não, nos encontramos e pensamos fazer um documento forte da real situação da Cidade do Recife, e, alguns temerosos de serem perseguidos pela “máquina de mentiras” dos Poderes nos pediram ficar silentes porque poderíamos ser presos por “fake news” pela “Constituição Fora das Leis” que implantaram no Brasil e tem essa famigerada palavra com mantra. Só nos resta rezar até pelas próximas vítimas do abandono do Recife. Já que não podemos denunciar ou pensar e falar, comunico a isso que chamam de Poderes Públicos do Recife, que bem em frente ao Tribuna Regional Eleitoral na Avenida Rui Barbosa(não é fake news Desembargadores), temos desde muito tempo, uma Parada de ônibus caindo aos pedaços e com perigo para a vida dos ainda Cidadãos de nossa Cidade, não é enquanto Cidadão, Cidadão mesmo, bem real, que teima em ficar alí esperando os “Cãoletivos ” dessa Cidade em decomposição. Já comprei minha fogueira para nos comunicarmos por fumaça , iremos criar o “Zap Fumaçal” !