“Panela do Jazz” bota para “ferver” no Poço, no próximo sábado

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Bucólico, cheio de história, com um casario secular de dar inveja às metrópoles verticais, e presente em livros de autores como  Carneiro Vilela (“A emparedada da Rua Nova) e Mário Sette (“Os Azevedos do Poço”), o Poço da Panela transforma-se em um verdadeiro caldeirão cultural  com a realização do Panela do Jazz, festival que acontece no próximo sábado (19/10), com oferta gratuita de shows e outras atrações , como as circenses. Programa para se fazer em família, pois há opções para crianças e adultos.  Em sua quinta edição, o Panela do Jazz  presta homenagem ao compositor Capiba, pelo transcurso dos 120 anos do seu nascimento. E haja influências dos improvisos do frevo e do jazz, a cada performance sobre o palco. E cá, para nós, há um conjunto de “feras” aguardando o público, naquele que é um dos maiores festivais do gênero no Nordeste.

A grade reserva mais de dez horas de atividades artísticas gratuitas, com palhaçaria, exposições, música, feirinha livre, artesanato e diversidade gastronômica. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do do Panela do Jazz no Youtube (@paneladojazz). Quanto às atrações musicais que se apresentam no festival, confira algumas delas: Neris Rodrigues e o Trombonando, Laís e Assis Trio, Duo Repercuti, Gilu Amaral e o Quinteto Violado, grupo que está comemorando 53 anos de estrada. O Quinteto, aliás, vai prestar um tributo a Ciano, flautista do grupo por 43 anos e que morreu recentemente.

A programação musical tem início com Combo CPM, formado por integrantes do Conservatório Pernambucano de Música, às 16h. E prossegue com Neris Rodrigues e o Trombonando, às 17h. Continua com Laís de Assis Trio (às 18h30), Duo Repercuti (com o show “Duo Repercuti Convida Tambores da Xambá”, às 20h), Gilú Amaral (às 21h30). No intervalo entre as exibições, quem comanda o som é o DJ Ari Falcão, com repertório de clássicos do jazz extraídos de discos em vinil. Mas as boas vindas ao público acontece com a abertura da feira Olegarinha de Artes da Mulher (às 14h), voltada à economia criativa e ao empreendedorismo feminino e sob curadoria da designer e chef Cecília Montenegro. O espaço presta homenagem à abolicionista e ícone da luta pela emancipação feminina Olegária Carneiro da Cunha, conhecida como Mãe do Povo por organizar bazares e outras atividades para arrecadar fundos e custear cartas de alforrias de escravizados na região, no século 19.

O festival recria o encantamento bem-humorado dos artistas circenses de edições anteriores com uma tripla apresentação a partir das 16h30, para crianças e adultos. A Palhaça Vareta exibe o espetáculo “Desentupirada”, com situações cômicas e inusitadas vivenciadas pela palhaça acometida por uma dor de barriga pouco antes de iniciar um show – tem contorcionismo, malabarismo, equilibrismo e música. Às 17h30, é a vez do Palhaço Gambiarra fazer a performance “Um curto-circuito de risos”, um passeio pela contação de histórias e pelos brinquedos populares a partir de vários números.

Parece carnaval, mas é uma foto da última edição do Festival Panela do Jazz, que no sábado entra na quinta edição, 

As apresentações circenses são encerradas com o espetáculo “Meu Circo”, da companhia Meu Circo, com previsão de início às 18h30. As atividades cênicas incluem, ainda, a exibição do espetáculo A Menina que Tocava Jazz, do Coletivo Resistência, às 20h.   A exposição “Momento”, concebida e montada pela fotógrafa francesa radicada no Recife Dominique Berthé e pelo artista plástico Imaraí Freitas, é uma das opções acessíveis ao público do festival.  A mostra na casa-atelier dela (Rua Álvaro Macêdo, 70) ficará aberta entre as 16h e 20h do sábado. As obras versam sobre trajetória, criações, expressões e linguagens da artista.

A noite será marcada pela exibição do Projazzções, incursão artística com a ideia de combinar harmonicamente imagens e músicas através da projeção de fotografias em sintonia com clássicos do jazz nacional e internacional, no Poço das Artes (Rua Álvaro Macêdo, 54). A exibição começa às 20h e segue até a 1h. A proposta do fotógrafo Anderson Steves e do DJ Ernesto Jr. é evidenciar o diálogo e a sinergia criada pela combinação de vertentes artísticas de apreciação sensorial diferente – visual e auditiva. Até sábado, dia do evento, o #OxeRecife volta ao assunto, orientando o público inclusive quanto às atrações musicais.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / Panela do Jazz

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