Oi: O temporal e meu caos particular

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Além dos 129 mortos e de uma multidão de desabrigados e desalojados, o temporal do final de maio deixou muita gente sem se comunicar. No meu bairro, por exemplo, a energia foi embora, o sinal da telefonia celular (Tim) desapareceu, o telefone fixo ficou mudo e a conexão da banda larga acabou-se. Todos os serviços, no entanto, foram retomados 48 horas depois. À exceção adivinhem de quem… da banda larga da Oi que até a presente data ainda não restabeleceu o serviço. O problema do telefone fixo, da mesma operadora, foi solucionado logo. Mas Internet que  é bom, para se trabalhar… nada! Esse armário da operadora (foto acima) na Praça onde resido, virou “enfeite”. A parte inferior se refere às linhas telefônicas. A superior é da Internet.  Mas parece que não funciona mais.

Peço desculpas aos leitores, pois perdi a paciência, e terminei tirando “férias”  do #OxeRecife por uns dias, para não ficar com estresse. Já não suportava mais estar ligando, para implorar a recuperação da Internet. O pior é que, como tudo nesse governo, o cidadão tem agora mais dificuldade para exercer os seus direitos junto à Anatel, órgão que até já tentaram extinguir por medida de economia. Felizmente, a Anatel sobreviveu. Porém com mais burocracia. Antes bastava o número do protocolo da demanda não atendida junto à Operadora, para que a Anatel “apertasse” as empresas de telefonia. Os consertos aconteciam até nos dias de domingo e feriados. Elas se pelavam de medo da agência reguladora. Hoje é preciso cansar de apelar por consertos, fazer uma reclamação à Ouvidoria da Operadora faltosa, esperar dez dias para então reclamar à Anatel. Ou seja, uma velocidade totalmente incompatível com a da informação desse século 21.

Diferente do armário da Banda Larga e das linhas de telefones fixo, a Oi Fibra funciona com essa caixinha.

Imaginem a situação. A cidade vivendo um caos e eu sem conseguir atualizar nem informar nada ao público, pois estava fora do ar desde o dia 25 de maio. Com o temporal, outros serviços já eram. Ou seja, uma repórter de mãos atadas pela culpa alheia! Ainda pensei em ir ao Shopping Plaza que fica perto de minha casa, mas o centro de compras também não funcionou. E como as ruas estavam inundadas, não arrisquei ir muito longe. Fiquei em casa,  e – junto com outros moradores não atingidos pela inundação de maio no bairro – fui ajudar a comunidade do Areal, que fica perto de minha residência, à margem do Rio Capibaribe. Quando o sinal da Tim voltou, comecei a rotear o celular o que de certa forma ajudou. Desde então, foram cerca de 20 protocolos no péssimo serviço de atendimento da Oi, cansaço de falar com os atendentes virtuais  – “Joice” e “Eduardo” – que, muitas vezes, mais  atrapalham do que resolvem, porque não lhe dão chance de explicar o problema. Pelo visto, a inteligência artificial ainda tem muito o que aprender!

Pior: a Oi mandava baixar o aplicativo e fazer tudo pela Internet. Como, sem conexão? Só na cabeça da empresa mesmo… “Já foram quatro visitas agendadas, das quais duas consumadas. Em ambas, o técnico mostrou que o problema não é interno, mas no cabeamento da própria Oi. A empresa, mais uma vez, justifica que o serviço só funciona a contento com Oi Fibra. Porém quando eu aceitei o novo sistema, mais veloz, a empresa diz que “não existe disponibilidade”  no meu endereço. Acreditam? Porém ele chega duas casas depois, mas não no imóvel onde resido. A Ouvidoria justifica que “isso acontece”. Assim, como se fosse tudo “normal”. Normal para os parâmetros da Oi, mas não para  o consumidor, sem Internet desde maio. De acordo com a Oi, quem não tem Oi Fibra vai ficar sempre a ver navio. Até porque, segundo fui informada, algumas centenas de técnicos que trabalhavam no restabelecimento de cabos roubados ou danificados foram demitidos. E o consumidor, que paga em dia suas  contas caras, como é que fica? Perguntem à Oi!

Na sexta-feira, fui cortar os cabelos e os funcionários do salão estavam sem sinal de telefonia celular também. Adivinhem qual era a Operadora? Oi, não é, claro! Tentei, então a Fibra da Vivo, mas segundo essa Operadora, esse serviço também não consta na praça onde resido, embora tenha do outro lado da rua.  Mais uma piada…. Acho que moro no interior…. Por fim, na última visita técnica, o funcionário da empresa viu caixa da Oi Fibra, vizinha à minha casa, lá no meio da fiação. A tal Oi Fibra que Oi dizia não existir.  Ficou, então, de vir no sábado (11) para resolver. Mas não veio por causa da chuva. A visita foi adiada para segunda (13). Em todo caso acabamos de contratar mais uma empresa para o serviço, a Noxnet, que até agora não falhou. E o atendimento não tem os abomináveis “Joice”  e “Eduardo”, que viraram duas bestas feras para mim. Em casa, são duas pessoas  trabalhando no regime de home office. Então, decidimos ficar com os dois serviços: tentar a  Oi Fibra (ver se presta), pois segundo os vizinhos vem funcionando regularmente. Vamos ver quando chega aqui, duas casas depois. Diz o ditado que é melhor um  passarinho na mão do que dois voando. Como seguro morreu de velho, a gente preferiu ter um passarinho na mão e alpiste na outra. Resta saber se vai ter alpiste no cocho da “gaiola”..

Abaixo, você confere informações sobre operadoras e  prestadoras de serviço

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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