Mais um “ecoponto” sujo

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Já que a Prefeitura anuncia que está desinfetando as ruas do centro de maior movimento comercial para evitar disseminação da pandemia do coronavírus, bem que poderia dar um capricho nas ações convencionais de limpeza urbana, pois o que a gente vê nas ruas é lixo sobrando e limpeza faltando. Até os chamados “ecopontos” (que de ecopontos só têm mesmo o nome) estão fazendo vergonha.

Na semana passada, postei aqui o caso de um que encontrei na Praça Silva Jardim, no Bairro do Monteiro, Zona Norte do Recife. Como ele, nenhum dos que são colocados nas ruas e praças da nossa cidade, para coleta de lixo seco e reciclável, tem separação de compartimentos, como manda a regra universal. É sempre tudo junto e misturado: papel, vidro, alumínio, plástico, latas de bebida. O que já é um erro, e que em  nada ajuda na educação ambiental da população.

Se esse totó aí da foto falasse, aposto que ela ia reclamar dessa seboseira desse “ecoponto”, na Praça de Casa Forte. O

O correto seria um lugar para cada tipo de lixo, como ocorre em cidades mais civilizadas, quando o assunto é limpeza. Na última postagem, chegaram várias manifestações de leitores, reclamando que o recifense é porco, que não é cidadão, que joga os detritos fora do coletor. Que a culpa é nossa e não só do poder público. Sim, é certo que falta cidadania. Mas como vocês podem observar nessa foto, na Praça de Casa Forte, a culpa não é do cidadão, que vai lá depositar o lixo seco. É do equipamento.

Este coletor, na calçada da Praça que dá para a Avenida Dezessete de Agosto estava assim na sexta-feira (19/6). O lixo pesava tanto no seu interior, que a base soltou, o material depositado espalhou-se pelo chão e não sobrou nem calçada para o povo andar. Se os totós falassem, com certeza também iriam reclamar. Sei não, mas alguma coisa está errada na limpeza urbana do Recife. Sinceramente,  você chamaria esse coletor de “ecoponto”? Eu pensei que ecoponto era outra coisa. Cadê a Emlurb? Acorda prá Jesus, meu povo, que a eleição vem aí.

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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