O lobo-marinho é uma espécie insular de ampla distribuição no Hemisfério Sul, que habita ilhas oceânicas, onde estão localizadas suas colônias reprodutivas. Eles se deslocam para se alimentar durante o inverno e primavera em regiões do sul da África, Austrália, Ilhas Geórgia do Sul e América do Sul (Brasil, Uruguai e Argentina). Por aqui pelo Nordeste, praticamente não se vê essa espécie. Porém no último sábado, apareceu um indivíduo solitário, na praia de Guaecá, em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo.
Vez por outra aparece uma foca, um lobo marinho, pinguins no Litoral da Região Sudeste ou do Sul. De acordo com análise prévia da equipe técnica do Instituto Argonauta, o lobo-marinho aparentemente estava utilizando a praia para descanso. A equipe informou que ele estava “um pouco magro, porém, em estado de alerta”. O local foi isolado e, por todo o domingo (25/6), o animal ficou sendo monitorado por biólogos e oceanógrafos que ficaram de prontidão, para o caso de necessidade de alguma intervenção. O animal voltou ao mar na tarde da segunda-feira.
O nome científico da espécie é Arctocephalus tropicalis, lobo-marinho subantártico, cuja distribuição é mais ampla entre as demais espécies de lobos-marinhos. Esse animal pertence à ordem Pinípedes – ordem de mamíferos que inclui os lobos-marinhos, focas e leões-marinhos. Ao encontrar algum pinípede nas praias, é importante deixar o animal sair da água sempre que quiser descansar, pois caso se sinta acuado, pode ficar agressivo. Um lobo- marinho pode ter quase dois metros de comprimento e pesar 195 quilos.
A equipe do Instituto Argonauta recomenda aos banhistas: Não se aproxime do animal; não faça selfie com o animal; se o animal estiver tentado sair da água, se afaste para ele se sentir confiante e sair em segurança; não tente o fazer retornar ao mar; não o alimente; mantenha animais domésticos à distância. Eles se alimentam de peixes, crustáceos, pinguins entre outros animais marinhos. E têm a orca e a foca-leopardo, como principais predadores. Pelo que se vê, é mais fácil livrar-se do ataque de um lobo-marinho do que de um tubarão, que no Recife exige cuidado de todos os banhistas.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação / @institutoargonauta e Acervo #OxeRecife
