Parnamirim: Instituto de Treinamento em Cadáveres Frescos vira só “ITC”

Depois de despertar muita polêmica no bairro do Parnamirim – uma das áreas nobres do Recife – o Instituto de Treinamento em Cadáveres Frescos já está funcionando normalmente. E fica próximo a colégios (GGE e Santa Catarina),  a uma galeria comercial (Padre Roma), a um hospital público (Agamenon Magalhães), a supermercado (Pão de Açúcar) e a outros estabelecimentos comerciais. Mas a placa  da instituição – que chocava os pedestres, moradores e frequentadores – foi retirada da fachada do moderno edifício, onde antes havia uma loja de decoração.

Primeiro, o adjetivo “frescos”, assim mesmo no plural, foi retirado da placa que indica o nome completo da instituição, que tem unidades em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais. E que com a inauguração da quinta, no Recife, deu início à atuação no Nordeste. Sabemos da importância do serviço oferecido, apesar de aparentemente macabro, tendo em vista as limitações impostas pela legislação brasileira ao uso de pessoas mortas para estudos.  Os cadáveres em uso pelo ITC são importados. Porém realmente choca  uma casa com esse tipo de negócio em área também residencial e perto de colégios.

Após polêmica em torno do nome “cadáveres”, ITC cobriu a palavra com uma faixa, em março, durante as obras

O que chama a atenção, agora, é a omissão da especialidade instalada no imóvel acima, cujas palavras foram sendo retiradas, aos poucos, pela instituição. Depois de omitir o nome “frescos” na placa do ITC  a palavra “cadáveres” foi coberta com uma faixa, quando as controvérsias começaram.  Ficou visível apenas o “Instituto de Treinamento”, conforme mostramos aqui, no #OxeRecife. Logo depois,  matéria publicada aqui no Blog rendeu assunto até no G1 PE.

Pois nessa semana passei na Rua Desembargador Góis Cavalcanti, onde fica o Instituto, e a placa que mostrava a natureza da instituição foi retirada. Totalmente. Agora nem consta “frescos”, nem “cadáveres”, nem “instituto de treinamento”. Só a sigla ITC. Os moradores do Parnamirim agradecem. Conheço pelo menos duas pessoas que, curiosas com a natureza do ITC, foram lá averiguar se o “serviço” prestado é aquele mesmo apregoado no nome completo da instituição.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins e Acervo #OxeRecife

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