Eleições: Teatrinho em feiras chega à Várzea, com candidatos que defendem as questões ambientais

Nesses tempos de venenos dando nas canelas da gente – pois o que o Governo do ex-capitão mais fez foi liberar o uso de produtos tóxicos (alguns já banidos em outros países) para a nossa agricultura – nada como a iniciativa  do Centro Sabiá e da Rede Espaço Agroecológico, que estão percorrendo as feiras do Grande Recife com atrações culturais e debates políticos, que visam chamar a atenção de feirantes e consumidores para optar por candidatos comprometidos com as causas ambientais.

A ação acontece em momento bem propício, pois estamos às vésperas das eleições. E, nas feiras, o debate é sobre as propostas e políticos que se posicionem a favor da agricultura familiar, da lavoura orgânica e da agroecologia. Neste sábado, o grupo está na Feira Agroecológica do Bairro da Várzea,um dos mais bucólicos bairros do Recife. Ali, marcam presença o grupo teatral As Memoriadas contra os abutres do Centrão  e Max Antônio, mais conhecido como o Menino do Violino.

Há, também, uma roda do ciclo de diálogos com Robeyoncé Lima (PSOL),  Paulo Rubem Santiago (Rede) e Alexandre Pires (PSOL). Os dois  primeiros disputam mandato de deputado federal. O terceiro tenta uma cadeira na Assembleia Legislativa . Os debates de hoje, além da Agroecologia, trataram de Sexualidade, Gênero e Direitos Humanos. O Brasil enfrentou um grande retrocesso na questão ambiental nos últimos quatro anos.

É que além de devastação das nossas florestas, da livre ação de madeireiros e grileiros, o governo atual liberou a importação e o uso de agrotóxicos e defensivos agrícolas que estão proibidos em muitos países.  De acordo com entidades ambientais, a liberação é recorde, o que põe a saúde da população em risco. Nós estamos comendo veneno. Então, o melhor é optar pelas feiras agroecológicas. Porém ao comprar seu produto, peça ao feirante o certificado de que os produtos são realmente orgânicos. Eles são emitidos por órgãos estaduais e devem estar expostos, fixados nas barracas, de frente para os consumidores. No século passado, inclusive no final da ditadura, o teatro popular foi muito usado em comícios para conscientizar a população sobre os políticos que lutavam em defesa da democracia.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação

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