Depois do arboricídio, compensação ambiental no Parque das Graças

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Depois da devastação, o plantio. Foi um clamor, quando dezenas de árvores foram derrubadas pela motosserra insana, em abril passado, durante o início das obras de implantação do Parque das Graças. Nessa sexta-feira,  o parque linear ganhou onze mudas de ipê-rosa, que foram plantadas com tamanho médio de 2,5 metros, conforme determinam as normas de arborização. Ainda é pouco para o que foi destruído. Mas é melhor do que não repor nada.

Segundo a Prefeitura, as árvores são as primeiras das 199 a serem plantadas no futuro equipamento, que contará ainda com playground, área para ginástica, tirolesa, três áreas de convivência, parcão, espaços para piquenique, mirantes e área de refúgio da fauna. O Prefeito João Campos (PSB) esteve hoje no local, e garantiu que as obras estão aceleradas e que o parque estará disponível para a população ainda em 2021. O parque é linear e terá um quilômetro de extensão. Ele fica ente as pontes da Torre e a da Capunga, e integrará o Projeto Parque Capibaribe, que pretende transformar o Recife em uma cidade parque até 2037, quando a capital completará 500 anos.

A PCR informou que além do plantio no parque, “o plano de replantio”  (ou compensação?) inclui também outros 500 indivíduos arbóreos, “que já foram plantados” em bairros como Graças, Casa Forte, Espinheiro, Tamarineira, Apipucos, Rosarinho, Boa Vista e Santo Amaro, bem como o Parque 13 de Maio, Parque Apipucos. “Com isso, a Prefeitura vai além das 551 árvores exigidas pelo Plano de Compensação Ambiental”, informa. As espécies mais plantadas até agora foram ipês, craibeiras, abricó de macaco, saboneteira, dentre outras. Todo o processo de replantio executado segue as diretrizes do manual de arborização da Prefeitura do Recife. O futuro equipamento começa na altura da Rua Amélia, com uma solução viária que viabiliza a travessia de pedestres na descida da Ponte da Torre, seguindo com 1 km de Parque Linear até a Ponte da Capunga.

O projeto terá ainda playground de 397m², subdividido em duas áreas, uma para a primeira infância, de 205 m², e outra para os maiores de seis anos, com 192m²; área para ginástica, tirolesa e três áreas de convivência, sendo duas próximas à Ponte da Torre, com 120m² e 431m², e uma localizada entre a Rua das Pernambucanas e a Ponte da Capunga, com 444m². A área vai contar com um total de 1.011m de rotas cicláveis. Serão construídas, ainda, duas passarelas paralelas ao lado do rio.

As duas passarelas visam viabilizar a continuidade do passeio em trechos onde não havia espaço suficiente para passagem. A primeira delas ficará entre as ruas Aníbal Falcão e Manoel de Almeida, e a segunda entre a Rua Dr. Osvaldo Salsa e a Rua das Pernambucanas.

O Parque das Graças é, até o momento, o maior projeto em implantação rumo ao objetivo de transformar o Recife em cidade parque. Até o momento, só duas partes do futuro Parque Capibaribe já foram concluídas: o Jardim do Baobá (também nas Graças)  e a Praça Otávio de Freitas (no Derby).

Quando o projeto Parque Capibaribe estiver sido implantado (lá para 2037), deverá ter  30 km de extensão, às margens do rio. Cerca de 445 mil pessoas serão beneficiadas,  a área de influência terá 7.444 hectares. O Parque terá, ainda, doze passarelas, 45 quilômetros cicloviários, 51 quilômetros de ruas e 42 bairros serão impactados.  Confira, abaixo, outras árvores que tombaram para a motosserra insana, no bairro das Graças.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Rodolfo Loepert/PCR e Iggor Gomes (Fotos aéreas)

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