Costume de manter pássaros em cativeiro parece não ter fim e resulta em punição com multa

Olhem só a carinha desse canário. Pelo olhar, dá para perceber o quanto é triste para um pássaro o limite do cativeiro. Tem gente que caça esse bichinho só para ouvir o seu trinado. Outros, até os levam para rinhas clandestinas, onde os animais terminam depenados devido a lutas suicidas entre as aves da espécie. Nesta semana, uma ação de fiscalização da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), resultou no resgate de 17 pássaros silvestres de diversas espécies e na aplicação de multa no valor de R$ 3,4 mil.

Claro que 17 não é um número significativo. Porém ações dessa natureza têm sempre um caráter não só punitivo, mas também educativo. Nas próximas vezes, o responsável por tanta maldade pensará duas vezes antes de retirar o animal do seu habitat, onde cada bicho tem uma função a cumprir na natureza.  Além disso, comprar aves silvestres só alimenta o tráfico de animais. A apreensão aconteceu após denúncia anônima, indicando o cativeiro das aves em uma oficina clandestina, no bairro de Vera Cruz, no município de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.

Galo de Campina é uma das aves que mais se vê em cativeiro, fato que alimenta o tráfico de animais silvestres.

Entre os pássaros resgatados estão graúnas, papas-capim-baiano, galos-de-campina (foto central), canários-da-terra (foto superior), estevãos-da-bahia, sabiás-brancos, entre outros.  Como se sabe, a criação e animais silvestres é crime ambiental, passível de multa por indivíduo sendo agravada, caso a espécie esteja em lista oficial dos ameaçados de extinção. Segundo o gestor da Unidade de Gestão de Fauna (Iran Vasconcelos) e a gerente de Fiscalização (Elba Borges), todos os animais apreendidos foram levados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras Tangara), na Estrada de Mumbeca, Zona Norte do Recife. Lá eles passarão por período de reabilitação e depois serão devolvidos à natureza. E viva, pois é de lá que eles nunca deveriam ter saído.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Cprh /Cprh / Divulgação

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