“Capiba, pelas ruas eu vou” volta ao palco do Teatro Santa Isabel no fim de semana. Não perca!

Fui, amei e recomendo. O musical Capiba, pelas ruas eu vou é simplesmente imperdível. Assisti no mês de outubro.  E neste final de semana o espetáculo volta ao palco do Teatro Santa Isabel, dando mais oportunidade ao público de conhecer a obra do nosso inesquecível compositor , que ficou famoso pelo repertório de frevos. Mas o músico foi muito mais do que isso. Ele nos deixou um acervo de valsas, cirandas, maracatus, caboclinhos e outros gêneros musicais que foram aproveitados para uma mostra bem representativa da grandeza de um dos mestres de nossa cultura.

Capiba (1904-1997) foi o tema escolhido pelo Aria Social, para comemorar os 30 anos de fundação e de serviços prestados à cultura pernambucana, através do resgate social de crianças, jovens e até adultos em situação de vulnerabilidade. No palco, 43 dançarinos cantores, que são assistidos pela instituição  responsável por dar um novo sentido às vidas de meninos, meninas, e adultos.  Os dançarinos contam com uma orquestra de câmara (teclado, primeiro e segundo violinos, viola, violoncelo, contrabaixo, violão, flauta transversal e clarinete), sob a direção musical de Rosemary Oliveira.

Espetáculo sobre Capiba volta ao Santa Isabel, no final de semana: impecável em tudo,  até no guarda-roupa.

A direção do espetáculo é de Cecilia Brennand, também diretora e fundadora do Aria Social. E a direção teatral é de Tuca Andrade. O que eu posso dizer é que Capiba, pelas ruas andei termina com gosto de quero mais. Muitas pessoas que assistiram o musical na primeira temporada, compraram ingressos para repeteco na segunda. Tudo porque o espetáculo está perfeito e nos conduz a uma viagem ao começo do século 20 – quando Capiba tocava piano no cinema mudo – até os dias atuais, já que muitas músicas que têm a  sua assinatura viraram clássicos do nosso carnaval em particular e do cancioneiro, em geral.

Todas as músicas escolhidas para a peça são acompanhadas de belíssimas coreografias e até mesmo projeções de fotos que lembram os nossos ritmos, o frevo, a festa da rua, o Recife de antigamente. O figurino está perfeito, pensado sob medida para cada ritmo. Romântico, de cores brancas, para as serenatas. Ou estilo afro, em som vermelho, para o maracatu, por exemplo. Roupas comuns, do dia a dia, para o frevo de rua, no estilo dos foliões que seguem anonimamente troças, clubes, e até chamados blocos de “sujos” (que arrastam foliões sem fantasias).

Espetáculo do Aria Social conduz a plateia a uma viagem dos carnavais passados. Homenagem impecável a Capiba

Algumas das músicas são resultantes de parceria com outros ícones da nossa cultura como Ariano Suassuna (São os do Norte que vêm), Carlos Pena Filho (A mesma rosa amarela), Ascenso Ferreira (Tororó). Mas se você for ao teatro, vai se deleitar, também, com Suite sem lei nem rei, Recife cidade lendária, É de amargar, Buquê prá minha amada, Valsa Verde, Verde mar navegar, Ciranda, Cem anos de choro (essa com música de Capiba e letra de Rosemary Oliveira), Bela, De chapéu de sol, É frevo meu bem e Trombone de Prata. Há, ainda, a Missa Armorial.

Nos links baixo, você confere outras informações sobre Capiba, sobre o espetáculo, sobre o Aria Social e também um vídeo com uma pequena amostra do espetáculo. No canal do #OxeRecife no Youtube você pode ver outro vídeo com trecho da belíssima Missa Armorial, inspirada no movimento cultural criado por Ariano Suassuna, com interpretações eruditas das músicas populares do estado.

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Serviço
Para quem quiser conferir a segunda temporada espetáculo do Aria Social:
Evento: Musical “Capiba – Pelas ruas eu vou”
Quando:  03 a 06 de novembro
Horário: 20h
Local: Teatro Santa Isabel
Vendas: Sympla; na Sede  do Aria Social (Av. Ayrton Sena, 748, Piedade) ou bilheteria do Teatro Santa Isabel (Praça da República, 233, Santo Antônio); e também na sede de O Galo da Madrugada (Rua da Concórdia, 984, São José)
Preços: R$ 25 a R$ 50
Sessão extra para instituições educativas às 16h, por R$ 10

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Max Levay / Divulgação
Vídeo: Letícia Lins / #OxeRecife

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