Até novembro, Teatro do Parque terá nove sessões de “Retratos Fantasmas”, a preços populares

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Quem ainda não assistiu “Retratos Fantasmas”, não faz questão de esperar mais um pouco e não está a fim de pagar ingresso caro no circuito convencional, anote aí: o Teatro do Parque programou novas exibições para agosto (dias 24, 28 e 29), setembro (25 e 26), outubro (30 e 31) e novembro (27 e 28), segundo informa a Prefeitura do Recife, a quem cabe a gestão do cineteatro, aquela pérola da arquitetura na decadente área central da cidade, tão bem retratada no filme.

Ao todo, serão nove novas sessões do filme de Kleber Mendonça Filho, que tem encantado a crítica e o público. A nova programação resulta de articulação entre a Prefeitura do Recife (por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife), com o próprio cineasta e a Vitrine Filmes.  As exibições acontecem com preços populares: R$ 10 e R$ 5. E confirmam a vocação do Cineteatro do Parque para celebrar, revelar e também democratizar a produção audiovisual, que se destaca na retomada do chamado cinema pernambucano..

Com “Retratos Fantasmas”, Teatro do Parque reassume seu papel de destaque em seu papel duplo de teatro e cinema de rua

“A maneira como o Recife respondeu a essa pré-estreia tem um simbolismo grande, considerando que ela aconteceu justamente no Cineteatro do Parque. O filme trata dos antigos ‘cinemas de rua’. O parque tem esse histórico, essa vocação, e vai, aos poucos, de novo se consolidando como espaço aberto ao audiovisual. Queremos sessões regulares, cabines, estreias e pré-estreias, queremos ver este espaço, tão importante para o Recife, reocupado também pelo público de cinema”, afirma o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello.

Nós,  moradores do Recife – incluindo os da geração em que predominavam os cinemas de rua do centro – aplaudem a programação de cinema, na tela do Parque. Falta à Prefeitura, porém dispensar um grande cuidado à área no entorno do Teatro do Parque, a começar pela Rua do Hospício e Praça Maciel Pinheiro. E quem sabe incentivar ainiciativa privada a restaurar a casa de Clarisce Lispector, ali pertinho, transformando-a em um café, restaurante e centro cultural? Também o antigo Hotel do Parque precisa de carinho, além da segurança exigir reforço.

Tem gente que não vai ao Teatro do Parque por achar a área central do Recife “muito perigosa e deserta”. Nó para o quase inoperante Recentro desatar. Já o Governo de Pernambuco (via Fundarpe) precisa, urgentemente, cuidar do Cinema São Luiz, que está fechado, e só tem previsão de abrir em 2024. Espera-se que não aconteça com o principal ícone dos cinemas de rua o mesmo que aconteceu com o Parque, que passou mais de dez anos fechado, “em reforma”. Mas… pelo menos, quando reabriu, tinha recuperado o seu antigo esplendor. E com o  São Luiz, o que ocorrerá? Os dois ficam no bairro da Boa Vista. O #OxeRecife indaga à PCR os horários e como os ingressos serão vendidos, se na bilheteria ou em algum site. Assim que a resposta chegar, esse post será atualizado. Mas a PCR informou hoje à tarde que ainda está em entendimento sobre o assunto com os produtores do filme, e brevemente divulgará essas informações.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Marcos Pastich/PCR

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