Como faço todos os anos, acompanhei a Procissão dos Santos Juninos, um dos mais bonitos eventos dessa época do ano na nossa cidade, e que aconteceu na noite da quarta-feira (19/6), quando o cortejo vem do Santuário do Morro da Conceição, descendo as ladeiras para chegar ao Sítio da Trindade, o arraial mais tradicional do Recife. Os grupos desfilam portando bandeiras, balões e são puxados por bandas de forró, onde os metais (comuns ao frevo) também são permitidos. É que algumas agremiações carnavalescos – como o Bloco das Flores – acompanham o cortejo. Com fantasias juninas, claro.
O cortejo chegou ao Sítio após as 18h, passou pelo pavilhão do concurso de quadrilhas, onde havia uma multidão nas arquibancadas. É uma iniciativa interessante. Isso porque milhares de pessoas ficam confinadas ao pavilhão onde ocorre o certame. Não se deslocam do local, temendo perder lugar nas arquibancadas do pavilhão, onde as quadrilhas se apresentam. A plateia estava lotada à 18h, embora as apresentações estivessem marcadas para ter início às 20h. Então, dentro daquela lógica do ditado popular “quem foi para o vento perdeu o assento”, quem está na arquibancada não quer sair para não perder o lugar. Resultado: antes, nem via o cortejo dos santos juninos passar, porque o percurso era diferente.

Eu penso, portanto, que o cortejo desfilar pelo pavilhão é muito válido. A passagem do cortejo virou festa. Foi lindo. A plateia aplaudiu de pé e caiu no forró. Mas ele dispersou logo na saída do pavilhão. Penso que o encerramento deveria ser em frente ao bonito e centenário chalé do Sítio (onde hoje funciona o Memorial da Democracia). Em anos anteriores, a cerimônia de encerramento nos degraus do casarão era lindíssima. Porque o local tem um encanto todo especial e era muito emocionante o “mar” de bandeiras de bandeiras em frente a um imóvel tão antigo. Inclusive o chalé é muito fotogênico.
Outra coisa que chama a atenção é que o pavilhão onde ocorre o concurso precisa ser ampliado. Não dá mais para o gasto. Ficou pequeno para o tamanho do público. Estava lotado cedo, as filas que se formaram eram gigantescas, todo mundo torcendo para assistir ao vivo o espetáculo das quadrilhas. Muita gente não conseguiu nem chegar perto. Mas o que compensou, no entanto, foi que neste ano a Prefeitura disponibilizou um telão e muita gente acompanhou as quadrilhas, mas de onde não queria, ao ar livre. Até porque a torcida teve que enfrentar chuva forte.
Policiamento havia. E muito, mas no interior do Sítio. Nas ruas laterais, também movimentadas devido à festa, PMs não eram vistos. E algumas são bem escuras e dão medo na gente, já que a cidade é marcada por tanta insegurança. Quanto aos agentes de trânsito, da CTTU, tinha muitos, o que não impediu que o tráfego ficasse caótico na Estrada do Arraial, a partir das 9h da noite, quando as quadrilhas já estavam no Pavilhão a todo vapor (ontem não houve shows com cantores) e o Sítio ficou muito cheio.
As apresentações entraram pela madrugada, e por volta de 2h da manhã os resultados chegaram aqui no #OxeRecife. A primeira colocada no concurso foi a “Raio de Sol”, com o tema “A engrenagem que nos move”, inspirado na mesa de bonecos articulados do Mestre Saúba, de Carpina. As outras quadrilhas premiadas foram Lumiar (segundo), Dona Matuta (terceira), Zé Matuto (quarta) e Origem Nordestina (quinto). Como muita gente “sobrou” porque não havia mais assentos disponíveis na arquibancada, o público queria saber se as vencedoras se apresentariam em outros lugares no período junino.
No vídeo abaixo, você confere uma parte da Procissão dos Santos Juninos. E nos links, mais informações sobre São João.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Marcos Pastich / PCR
Vídeo: Letícia Lins / #OxeRecife