A situação está difícil em Pernambuco, onde nada menos de 64 por cento dos seus 184 municípios encontram-se em situação de emergência, devido à escassez de chuvas. Decreto nesse sentido foi assinado pela Governadora Raquel Lyra, e atinge 118 cidades não só do Sertão, como também do Agreste, Zona da Mata e até Região Metropolitana. Em 93 desses municípios, a área mais afetada fica na Zona Rural, enquanto na restante o problema maior é no perímetro urbano. Porém há municípios (26) que se ressentem da estiagem tanto na zona rural quanto na urbana, como acontece – por exemplo – com Águas Belas, Bom Jardim, Bezerros, Caruaru e Toritama.
O decreto tem prazo de validade de 180 dias. “É um momento muito crítico, de estiagem severa, e com esse decreto poderemos agilizar ainda mais as medidas de socorro à população, principalmente da Região Metropolitana e do Agreste”, afirmou a governadora Raquel Lyra. O decreto de emergência visa facilitar a execução de serviços para reduzir a crise no abastecimento. Em Pernambuco (pelo menos teoricamente), 87 por cento da população tem acesso a abastecimento d’ água. Mas diariamente pipocam denúncias de torneiras secas nos meios locais de comunicação mesmo durante o período invernoso. Imaginem, então, a crise durante uma estiagem. Ao mesmo tempo, as iniciativas para armazenar água da chuva ainda são tímidas e ocorrem mais na Caatinga, por necessidade de sobrevivência do sertanejo.
Há alguns dias, voltando da praia de Boa Viagem, contei três caminhões do tipo pipa abastecendo edifícios de luxo, à beira-mar, o que significa que, no Recife, a situação também preocupa. Mas o capital não está no decreto, que beneficia cinco outros da Região Metropolitana. Veja quais os municípios que estão com a zona rural afetada pela estiagem.
Sertão: Afogados da Ingazeira, Afrânio, Araripina, Arcoverde, Belém de São Francisco, Betânia, Bodocó, Brejinho, Cabrobó, Carnaubeira da Penha, Custódia, Dormentes, Exu, Flores, Floresta, Granito, Iguaracy, Ingazeira, Ipubi, Itapetim, Jatobá, Lagoa Grande, Manari, Mirandiba, Moreilândia, Orocó, Ouricuri, Parnamirim, Petrolândia, Petrolina, Quixaba, Salgueiro, Santa Cruz, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Filomena, Santa Maria da Boa Vista, Santa Terezinha, São José do Belmonte, Serra Talhada, Serrita, Sertânia, Solidão, Tabira, Tacaratu, Terra Nova, Triunfo, Trindade, Tuparetama, Verdejante.
Agreste: Altinho, Águas Belas, Alagoinha, Belo Jardim, Bezerros, Bom Jardim, Brejo da Madre de Deus, Buíque, Cachoeirinha, Caetés, Calçado, Capoeiras, Caruaru, Cumaru, Frei Miguelinho, Gravatá, Ibirijajuba, Itaíba, Jataúba, João Alfredo, Jucati, Lajedo, Limoeiro, Orobó, Paranatama, Passira, Pedra, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Saloá, Sanharó, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, São Bento do Una, Surubim, Tacaimbó, Taquaritinga do Norte, Toritama, Venturosa, Vertente do Lério, Vertentes.
Zona da Mata: Pombos.
E as cidades que também enfrentam escassez d’ água em áreas urbanas são:
Agreste: Águas Belas, Belo Jardim, Bezerros, Bom Jardim, Calçados, Camocim de São Félix, Capoeiras, Caruaru, Casinhas, Cumaru, Frei MIguelinho, Gravatá, João Alfredo, Jurema, Lajedo, Limoeiro, Orobó, Panelas, Paranatama, Passira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Salgadinho, Saloá, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lério, Vertentes
Zona da Mata: Belém de Maria, Camutanga, Chã de Alegria, Escada, Ferreiros, Macaparana, Machados, Nazaré da Mata, Pombos, Ribeirão, Sirinhaém, Timbaúba, Vicência, Vitória de Santo Antão.
Região Metropolitana: Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Moreno, São Lourenço da Mata
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Genival Paparazzi / G.F.V Paparazzi / ZAP (81)995218132)/ e Articulação do Semiárido – ASA (Acervo #OxeRecife)
