Primal: Esculturas a quatro mãos

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Demétrio Albuquerque (foto abaixo) todo mundo conhece. Se não pessoalmente, pelo menos de nome. Embora seja arquiteto, é como escultor com presença marcante nas ruas do Recife, que ficou famoso na cidade. Natural de Teresina (PI), tem 61 anos. É o escultor do Monumento Tortura Nunca Mais (rua da Aurora) assim como das  estátuas do Circuito da Poesia do Recife, que é composto por figuras de proa  do verso e prosa: Ariano Suassuna, Ascenso Ferreira, Manuel Bandeira, Joaquim Cardoso, Capiba, Clarice Lispector.Tem escultura nos jardins do Shopping Recife, já morou no Japão onde fez curso de cerâmica, e tem premiação no currículo

Glauber Arbos (foto abaixo) é recifense, desenha desde criança. Sua identidade visual é facilmente reconhecida com pinturas de muros e paredes da cidade. As esculturas têm as mesmas características e são reconhecidas nas diversas exposições que acontecem no estado. Da arte popular do nordeste brasileiro até a ficção científica. Todo esse universo é regido pelos seres com formas que arremetem a natureza distante presente no imaginário do artista. As obras eclodem em explosões de cores e formas bem tratadas demonstrando uma arte cheia de referências, porém particular. Suas obras são ricas em cores e geometrias. Teve sua primeira exposição individual na Casa do Cachorro Preto.

Os dois artistas estão reunidos, a partir de hoje (31/03), na Casa Balea, em Olinda, onde participam da exposição Primal. A mostra traz 20 peças entre esculturas, relevos e híbridos em cerâmica de primeira queima, argilas e detalhes em madeira e ferro. Serão nove peças do artista Demétrio Albuquerque, sete peças do artista Glauber Arbos, com duas pinturas. Há, também, duas duas esculturas que os dois criaram juntos especialmente para essa exposição. Ou seja, a quatro mãos. A escolha do nome Primal remete ao primitivo, a cerâmica terracota traz este sentido original e terral.  “Eu sempre vi esse diálogo nos trabalhos dos dois artistas, mesmo que separadamente, agora promovemos este encontro no barro, na cerâmica de primeira queima e nas formas de criação em escultura e modelagem”, afirma Rauni Assis, que coordena a casa Balea, que funciona no mesmo imóvel da antiga Casa do Cachorro Preto.

Esta é a terceira exposição do projeto Agregados que tem incentivo do Funcultura e faz uma retomada da A Casa do Cachorro Preto, um espaço de arte e cultura de Olinda, onde hoje funciona a Casa Balea. Os dois artistas são participantes ativos das atividades da Casa e já fizeram exposições individuais na galeria.

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Serviço:
O que: Primal (Exposição de esculturas)
Com quem: 
Demetrio Albuquerque e Glauber Arbos
Abertura
Quinta-feira, 31 de março, 18h
Visitação até 24 de abril, de quinta a domingo, 16h às 22h
Casa Balea – Rua Treze de maio, 99 – Carmo – Olinda
Uso de máscara e comprovante de vacina obrigatórios

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação

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