Poço, Feira Livre e antigos casarões

Depois da praia, um programinha bom, bem família, é a Feira Livre do Poço da Panela. E é nesse domingo, entre 7h30 e 19h30. Ela ocorre no bairro do mesmo nome, e sua característica principal é a venda de comidinhas. E tem de tudo: queijo de coalho defumado, geleias, bolos, brownies, produtos orgânicos, tortas salgadas, doces, e por aí vai. Quem prefere uma comida mais pesada, tipo vatapá ou sururu, também pode encontrar. Duas sugestões: sarapatel ou charque com cuscuz, duas refeições bem populares em Pernambuco.

Segundo a organizadora da Feira, Cecília Montenegro, vai haver um concurso de comida natalina, e serão comercializados pratos da época, como a lasanha de bacalhau com limão siciliano, o pernil assado ou ainda o arroz cantonês com peito de peru. Como sempre ocorre, além da gastronomia, a programação inclui shows musicais e teatrais. Nesse domingo, vai ter até teatro de mamulengo, com a peça “A Princesa e o Dragão”, que será apresentada às 11h. Outra atração interessante é o espetáculo “Bois e Reis no Brincante Popular” (17h). Na  Feira, podem ser encontrados, também, livros usados, roupas e calçados artesanais, antiguidades,e até as plantinhas de “O Meu Jardim”, como é conhecida a kombi com cortinas de xadrez verde, que é capitaneada pela jardineira Cláudia Araújo, e que até lembra uma casinha.

Programa família, local onde você encontra os amigos, Feira Livre do Poço é boa pedida.
Programa família, onde você encontra os amigos, Feira Livre do Poço é boa pedida: comidas, artesanato, antiguidades.

Quem for ao Poço da Panela não deve deixar de contemplar o seu belo casario. O bairro ainda mantém muito da arquitetura do passado, seja através de vilas com casinhas de porta e janela, ou dos velhos e imponentes casarões. O povoado que deu origem ao bairro data do século 18. Em 1817,  foi liberado “alvará erigindo em paróquia e povoação do Polo da Panela, sob invocação de Nossa Senhora da Saúde”, segundo informa o historiador Pereira da Costa, no livro “Arredores do Recife”.

Conta ele, também, que o nome do bairro vem de um problema que ainda hoje atormenta a população do Recife: a falta d´água. A população ia buscar o líquido potável em bairros como Monteiro e Casa Forte. Posteriormente descobriu-se “uma abundante vertente”, próximo ao Rio Capibaribe, onde uma escavação deu origem a um poço, ao fundo do qual colocou-se uma grande panela de barro. Por esse motivo, o nome da localidade passou a ser Poço da Panela.

(Fotos: Letícia Lins / #OxeRecife)

 

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