Parque Estadual de Dois Irmãos mostra importância de abelhas e jardins polinizadores ao público

Para viver bem o dia. Tem coisa mais linda do que a natureza? Vejam só essa foto, com as flores e a abelha operando a polinização, tão importante para a conservação da biodiversidade. Esses maravilhosos insetos visitam as flores para se alimentar e carregam os grãos de pólen (estruturas fundamentais no processo de reprodução dos vegetais) de uma flor para outra, auxiliando na fertilização e propagação daquela espécie. E  viva à vida! Pois quem for ao Parque Estadual de Dois Irmãos pode aprender agora como funciona essa “engenharia” na “construção” de tantas vidas. É que o PEDI possui um jardim polinizador, composto por plantas nativas da Mata Atlântica, com o objetivo de atrair animais como as abelhas. Dica boa para comemorar o Dia da Criança em paz com a natureza!

Quem mora em casa, geralmente vê abelhas, colibris e outros animais curtindo as flores no jardim ou no quintal. Porém, como a maioria das pessoas vive, hoje, confinada em apartamentos, fica mais difícil observar as curiosidades da natureza. O jardim polinizador do PEDI fica perto da escultura Menino do Pirulito, e não é um espaço grande. E também os insetos vão e voltam. Portanto, é preciso paciência e sorte  para vê-los “trabalhando”. Ao visitar o jardim polinizador, as pessoas têm a oportunidade de conhecer mais sobre os visitantes florais que ocorrem no Parque e entender como as relações animal/planta acontecem na natureza. O que é muito bom, principalmente para a educação ambiental das crianças, os cidadãos de amanhã, que precisam aprender a lutar por um mundo melhor.

Além da produção de mel, as abelhas desempenham importante papel na natureza: a polinização.

“O objetivo do jardim é ensinar, sobretudo às crianças, que na parceria entre animal e planta, todos ganham. E que essas relações ecossistêmicas são fundamentais para a manutenção da vida na floresta. A partir desse ponto de vista, é importante ensinar aos nossos visitantes sobre elas”, conta o técnico ambiental do Parque e idealizador do projeto, Leonardo Melo. A polinização natural é essencial para a reprodução de muitas plantas, incluindo diversas espécies de alimentos que compõem a dieta diária dos humanos. Segundo a Plataforma Intergovernamental Científico-Normativa sobre Diversidade Biológica e Serviços dos Ecossistemas (IPBES), 90% das flores silvestres necessitam da polinização natural para se reproduzirem.

Ainda de acordo com esse estudo, mais de 75% dos principais cultivos de alimentos do mundo também dependem desse processo realizado por abelhas e outros insetos. Apesar da sua relevância global, estudos apontam para a rápida diminuição da população de polinizadores naturais, devido ao elevado uso de agrotóxicos nas lavouras, aos desmatamentos e às mudanças climáticas. Eu por exemplo, já vi milhares de abelhas morrerem, aqui em Pernambuco, por conta de agrotóxicos dispersados por uma usina açucareira.  O apicultor vizinho à empresa perdeu mais de 25 mil abelhas, após o uso de veneno e até desistiu da profissão, porque percebeu que teria o mesmo prejuízo todos os anos. Foi em Igarassu, na Região Metropolitana. No Brasil, cientistas já apontam situações preocupantes. Iniciativas como o jardim polinizador do Parque Dois Irmãos são fundamentais como agentes propagadores da educação ambiental, pois ressaltam o valor que cada indivíduo tem para a conservação dos ecossistemas.

Nos links abaixo, você confere informações sobre abelhas e outros insetos

Leia também
Seja amigo das abelhas
Pandemia: Aumenta interesse pela criação de abelhas urbanas
Pesquisadores descobrem nova espécie de abelha solitária
Crie abelhas sem ferrão: Curso virtual
Palma-de-Manila: A festa das abelhas
O Dia Mundial das Abelhas
A vida dos insetos em tamanho  gigante
Encanto e cores das libélulas
Borboleta rara no Legado das Águas
Começa  temporada de caça ao inseto que virou petisco
Chuva, baronesa, cupim e tanajura
Será que galinha acaba a praga?
Cuidado com o carrapato
Joaninha: Dos livros infantis ao controle de pragas na agricultura
Temporal: Formigueiro e ninho do joão-de-barro à prova de chuva
A vida dos insetos em tamanho gigante
Timbu: o devorador de baratas, escorpiões e até de cobra coral

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Semas / PE e Acervo #OxeRecife

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.