Parem de derrubar árvores (374)

À primeira vista, parece uma calçada quebrada, com concreto retirado ou desgastado, como é comum aqui no Recife, onde o pedestre tem que ter o maior cuidado, para não cair, já que nossas calçadas possuem uma armadilha em cada esquina. Eu que o diga, que já precisei imobilizar o pé seis vezes, devido a tombos, torções e até uma fíbula fraturada, por conta das depressões e irregularidades nos passeios públicos da cidade.

Hoje, caminhando entre Casa Forte e o Mercado da Madalena, passei por essa bagaceira aí. Mas não era calçada quebrada não. É um alegrete igualzinho ao do lado, onde resta uma árvore de pé. Alegrete é como alguns técnicos costumam chamar aquilo que conhecemos como canteiros. E no meio desse canteiro, localizado na Rua José Bonifácio, no bairro da Torre, tinha uma árvore.

´Porém, eis o que restou após a ação da motosserra insana. Um retângulo vazio, sem sombra, o calor queimando o “quengo” da gente. O tronco degolado já foi destocado, porém até agora nenhuma outra árvore foi plantada em seu lugar. O que, aliás, tornou-se comum no Recife da emergência climática. A cada dia que passa, a gente só vê cair número de nossas silenciosas amigas verdes. Uma tristeza. Mas isso é…. o Recife do arboricídio!

Abaixo, você confere nos links outras perdas para as bandas da Torre e da Madalena. Não são poucas!

Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

Parem de derrubar árvores (374)

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