Nóis sofre… “Mais” Nóis Goza…

Compartilhe nas redes sociais…

A gandaia foi grande, na Rua Sete de Setembro, onde a Troça Carnavalesca Independente Nóis Mais Goza fez seu baile popular, como ocorre no Sábado de Zé Pereira,  há  44 anos. Depois, desfile pela Rua do Riachuelo, com retorno ao local de saída e execução de mais alguns frevos para, enfim, recolher. Que ninguém é de ferro.

Neste ano, muitos antigos foliões enviaram mensagens do #OxeRecife, indagando se o público ainda é o mesmo, se a troça ainda é boa. Como “porta-estandarte” desde os seus primórdios,  sou suspeita. Mas como foliã, posso dizer que a agremiação sim, é boa. E tem foliões que o acompanham desde o começo, como esta que vos fala, Sérgio Gusmão (apresentador oficial),  Jomard Muniz de Brito, José Mário Rodrigues e Tarcísio Pereira (o penúltimo, fundador e o segundo, segura a peteca até hoje),  botando a troça na rua até hoje.

Em 2020, o homenageado foi o jornalista e defensor da cultura pernambucana, José Mário Austregésilo. Boa parte do público ainda é o mesmo: aquele pessoal que se reunia na Rua Sete de Setembro, atraído pela Livro 7. Mas muitos foliões novos chegaram. Grande parte é gente que sai do desfile do Galo direto para a troça anárquica. Turistas, também.

Em 2020, tanto a Prefeitura quanto a Fundarpe colaboraram, fornecendo orquestras de frevo. A Troça Carnavalesca Independente Nóis Sofre Mais Nóis Goza foi fundada pelo pintor Wellington Virgulino, pelo poeta José Mário Rodrigues, e pelo professor Roberto Pimentel. Eles brincavam na Avenida Guararapes, em meio a blocos de sujos, quando um desconhecido folião chegou perto e se entrosou: “Nós sofre mas nós goza”. Pronto. Virou mote. A troça cresceu, e  houve época em que chegou a desfilar no Recife e em Olinda. Virou um grupo de resistência, em um tempo em que os blocos carnavalescos eram mais uma forma de protestar contra a ditadura então vigente.

Veja o vídeo de parte do desfile da Troça Carnavalesca Independente Nóis Sofre Mais Nóis Goza:

Leia também:
Circo, Galo, frevo, festa e o carai
Os misteriosos tabaqueiros do Sertão
Caretas, caiporas e tabaqueiros
Arcoverde provou que é multicultural
É sempre tempo de reisado no Sertão
À espera de Zé Pereira no Recife
Zé Pereira festeja cem anos no Recife 
A Zé Pereira, com festa e com afeto
Bonecos gigantes: ão confunda alhos com bugalhos
A  festa do trio de bonecos gigantes
MeninXs na Rua: Caminhada do Frevo
Os antigos carnavais em fotos
Caminhada Carnavalesca dos MeninXs
Bora Pernambucar chega ao fim com encontro de bonecos gigantes
Rei e Rainha de Momo sobem o Morro
Zé Pereira festeja cem anos no Recife
A Zé Pereira, com festa e com afeto
À espera de Zé Pereira no Recife
Arcoverde provou que é multicultural
Caretas, tabaqueiros e caiporas
As viagens do Homem da Meia Noite
Paço do Frevo e Homem da Meia Noite animam o Bairro do Recife
Homem da Meia Noite sobe o Morro
Entre o sagrado e o profano, Homem da Meia Noite sobe o Morro
Homem da Meia Noite merece respeito
“O carnaval melhor do meu Brasil”
Dica para as foliãs: como fazer xixi em pé
Carnaval: Recife ou Olinda?
Teatro Santa Isabel abre para o frevo
Samba na Bomba do Hemetério
 
Nostalgia no Pátio de São Pedro
À espera de Zé Pereira
Homem da Meia Noite sobe o Morro
Entre o sagrado e o profano, Homem da Meia Noite sobe o Morro
Prata da casa decora o Recife em 2019
Recife: Igreja, santo, orixá e carnaval

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins / leitores e foliões

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.