A nossa cultura e também a história do cinema em Pernambuco ficou mais pobre. Faleceu nessa madrugada Adriana Falangola Benjamim, a única atriz do cinema mudo que estava viva no Brasil. Ela morreu aos 99. Dona Didi, como era mais conhecida, nasceu em 14 de outubro de 1918.
“E integrou o elenco de quatro curtas e dois longas da Pernambuco-Films, a primeira produtora de cinema do estado, fundada por Ugo Falangola e J.Cambieri em 1920”, lembra Marcos Enrique Lopes, cieneasta, documentarista e diretor do filme Janela Molhada, sobre Dona Didi.
“Quando a filmei para o Janela Molhada em 2010, ela havia se afastado do cinema há 86 anos e neste caso cumpria o maior hiato que se tem notícia de uma pessoa trabalhando com cinema no mundo”, acrescenta Marcos. Ele lembra, ainda, que um dos grandes feitos de Dona Didi “foi participar do clássico do cinema mudo documental de Pernambuco, Veneza Americana, longa-metragem de 1925, dirigido pelo próprio pai e o seu sócio”.
Quem quiser saber mais sobre a trajetória de Dona Didi, pode acessar o filme Janela Molhada, que traz memória acerca do espírito da época. O curta-metragem está disponível na internet e tem apenas 22 minutos. No ano passado, ela recebeu uma homenagem da Câmara Municipal, noticiada aqui no #OxeRecife. Afinal, Dona Didi era muita história.
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Dona Didi é muita história
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação/Câmara Municipal