Mata Atlântica: Tecnologia e povos indígenas na regeneração do bioma

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Nesse 27 de Maio, Dia Nacional da Mata Atlântica, uma boa notícia: o plantio de 14 mil árvores nativas pela comunidade indígena Tupã Nhe´é Kretã, para restauração florestal do Parque Nacional Guaricana, na Serra do Mar paranaense, a cerca de 70 km de Curitiba (PR). Entre as espécies disseminadas estão Pinheiro do Paraná, Guabiroba, Canela Sassafrás, Aroeira, Bracatinga e Ipê Amarelo.

O trabalho, que teve início em 2022, conta com suporte tecnológico do Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio Ambiente (Latec), da Universidade Federal Fluminense. E é desenvolvido em parceria com o Fundo Brasileiro para Diversidade (Funbio). Os indígenas são capacitados para o uso de  ferramentas tecnológicas como drones, tablets e notebooks. Os equipamentos serão utilizados na fase de monitoramento da restauração realizada.

Tecnologia ajuda povo originários na restauração da Mata Atlântica, no Parque Nacional de Guaricana

Os equipamentos são utilizados na aquisição de imagens dos plantios, registro das áreas de nucleação e enriquecimento, georreferenciamento de imagens, elaboração de mapas e organização de um sistema. O projeto conta com o apoio do NGI Curitiba ICMBio, FUNAI, IAT, COPEL e Sociedade Chauá. A comunidade nativa está sendo preparada para o empreendedorismo, na cadeia de negócio da restauração florestal de áreas degradadas. O foco: orientar sobre a possibilidade de comercialização de mudas e sementes de espécies nativas cultivadas em um viveiro idealizado e montado durante a realização do projeto.

Desta forma, a comunidade será capaz de gerenciar e alinhar as tecnologias existentes com os conhecimentos tradicionais dos Tupã Nhe’é Kretã, ressalta o coordenador do projeto, o pesquisador do Lactec, Juliano Santos. “Com as propostas desenvolvidas em conjunto, será possível, além de restaurar a cobertura florestal, incentivar as famílias a desenvolver uma atividade sustentável com geração de renda”, explica. “Além disso, a baixa variabilidade e oferta de mudas e sementes de espécies nativas no mercado se configura como uma oportunidade para a comunidade”, completa.

A Mata Atlântica é uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo com uma relevante importância ambiental, já que contribui para a regulação do clima e do abastecimento de água na região e arredores. O ecossistema ainda colabora no desenvolvimento econômico por meio do turismo e produção de fibras, madeiras, óleos e outros recursos.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação

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