Livro mostra presença de ingleses em ferrovias do Nordeste: Railway Company

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Responda rapidinho. O que têm em comum as empresas Pernambuco Tramways, Great Western of Brazil Railway Company Ltda, The Western Telegrafh Company e a Companhia Beberibe? Todas marcaram presença em Pernambuco nos séculos 19 e começo do século 20 e eram gerenciadas por ingleses. Das damas inglesas – esposas desses executivos – Gilberto Freyre falava muito na presença delas no bairro de Apipucos onde, ainda hoje, sobrevivem casarões que foram habitados por estrangeiros.

Há fotos dessa época, que documentam inclusive os encontros de final de tarde às margens do Rio Capibaribe. No sábado (14/12), o historiador e escritor Josemir Camilo  nos brindou com uma parte dessa história. É que ele lançou o livro “Uma família de engenheiros ingleses no Brasil – de Mornay Brothers”. O local do lançamento foi a sede do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP) que fica na Rua do Hospício, no bairro da Boa Vista. O livro integra uma tetralogia sobre estudos ferroviários em Pernambuco. O título está em sua segunda edição . E resgata a hegemonia dos engenheiros ferroviários ingleses em Pernambuco e Alagoas. “Meu interesse em rastrear a família De Mornay surgiu da leitura do livro ‘Ingleses no Brasil’, de Gilberto Freyre (1948), onde ele relata a presença de uns engenheiros ingleses chamados De Mornay, pioneiros da estrada de ferro do Recife a São Francisco”,  diz o historiador. O interesse levou o autor a transformar o tema em objeto de pesquisa que se materializou em uma tese de doutorado.

A tese foi defendida pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e contou com pesquisas em arquivos e endereços ingleses. A história dos irmãos ingleses que contribuíram significativamente para o primeiro período de construção de ferrovias em Pernambuco, especialmente a Estrada de Ferro Recife ao São Francisco (EFRSF) ou Recife and São Francisco Railway Company, é retratada na publicação.

A presença inglesa é lembrada em detalhes arquitetônicos da antiga Estação Ferroviária, hoje Museu do Trem

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

2 comments

  1. Amanhecer lendo essa beleza de Homenagem nos fortalece em amar ainda mais nosso Recife. Nessa Estação já fui de trem para Maceió, Caruaru, Belo Jardim , tudo muito lindo, e, quando menino vivia por aí zanzando os meus sonhos de criança. Nessa gestão dos Ingleses tinha o Engenheiro Fischer, o Gestor principal , e, que andava lá por Olinda e era amigo da turma do Poeta Clidio Nigro e seus Batutas nas farras do carnaval de Olinda, e não foi que o homem foi homenageado por Clidio Nigro na Música Banho de Conde, até Inglês entrou na farra pernambucana. Tudo isso aprendi com meu Pai contando essas estórias andando de mãos dadas comigo na Estação Central como sempre chamamos. Até Clube de Futebol a Tramways teve em Pernambuco, fundado na Av Rui Barbosa em 23 de abril de 1934, com as cores azul, branco e vermelho. Tudo na Estação Central tem um pouco de saudade do futuro, a tecnologia chegava ao Recife e nossas ruas fervilhando de sonhos, muitos desse sonhos, viraram cinzas de desamor atual ao Recife. Quando vem uma oportunidade de conhecer e viver a História da Cidade vale a pena conferir. Ainda bem que nem tudo está perdido em nosso Recife !

    BANHO DE CONDE
    Clidio Nigro e Wilson Wanderley

    Vou formar a turma
    Prá tomar banho na beira do mar
    Vou ficar molhado
    Eu vou dar água pelo carnaval
    Vem padroeiro fiché ( Fischer o homem forte da Tramways)
    Que eu acendi o painel
    Não mergulhei, mas me afoguei
    Um banho de maré tomei .

  2. Era uma preciosidade as linhas de trens existentes em Pernambuco, que foram destruídas criminalidade. Imagine um viagem de Recife/Petrolina. Recife/Maceió…Viagem linda, poética, turística. Minas, São Paulo, Paraná tem viagens fantásticas, como Curitiba/Morretes. Resta saudades

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