Leão idoso do Zoo está com câncer: Tratamento com medicina oriental

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Na natureza, ele é considerado o Rei da Selva. E tamanha majestade rende até filme, que virou sucesso mundial, assistido por milhões de pessoas ao redor do mundo. Quem não se lembra do Rei Leão?  No zoológico que fica no interior do Parque Estadual de Dois Irmãos, o felino é uma das principais atrações. Mas infelizmente o animal que tanto chama a atenção da garotada está doente. Leo, como é carinhosamente apelidado pelo público, sofre de câncer. O diagnóstico foi confirmado após exame realizado por uma junte de 17 especialistas, ligados a duas universidades, a instituições privadas e ao próprio Pedi. Ele está sendo tratado com medicamentos convencionais, homeopatia e até medicina oriental.

O animal tem neoplasia (presença de células cancerígenas) na região da gengiva (abaixo do canino inferior esquerdo) e também comprometimento nas funções hepáticas. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade,  as doenças estão ligadas à idade avançada do animal, que completa 21 anos em 2020. A Semas-PE é quem responde  gestão do Pedi.  Segundo dados da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil – AZAB, os leões vivem, em média, até 12 anos em vida livre, e 20 anos em cativeiro. “Léo já é um animal muito idoso e este tipo de câncer é associado à sua idade, conforme indicam as pesquisas científicas relacionadas aos felinos selvagens. Atualmente, a neoplasia é uma das principais causas de óbito de animais desse tipo sob cuidados humanos”, explica Márcio Silva, veterinário e gerente técnico científico de fauna do Parque.

Silva afirma que a doença não tem relação com seu histórico de vida, pois Leo é considerado um animal com trajetória muito saudável, nunca tendo apresentado intercorrências. “Léo foi resgatado do circo com cerca de 5 meses, muito magro, assustado e com todas as garras retiradas. Mas, aqui, foi tratado, recuperou-se rapidamente, ganhou peso, desenvolveu comportamento social excelente com os tratadores, biólogos e veterinários”, afirma ele. “É um animal que teve uma vida muito saudável e repleta de carinho de todos que cuidaram dele nesse tempo. Tudo isso levou o animal a alcançar longevidade tão grande, e que infelizmente também desenvolvesse essa enfermidade”, pontuou o veterinário.   O câncer que acomete o felino é considerado muito agressivo.

E segundo os especialistas,  a doença não responde bem a tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia. A junta de especialistas também descartou a possibilidade de fazer uma cirurgia para remover o tumor, pois representaria a retirada de parte da mandíbula do animal. Isso inviabilizaria autonomia de alimentação do animal e impossibilitaria o manejo dele no pós-cirúrgico. Haveria, ainda, risco muito alto dele não conseguir retornar após aplicação da anestesia devido à sua idade avançada. Os primeiros sinais de doença foram notados no mês de outubro, desde quando o animal passou a ter acompanhamento especial. O tratamento para melhorar a função hepática de Léo já teve início. Ele recebe protetor hepático de última geração que é inserido na comida dele diariamente.

“Iniciamos também os tratamentos de medicina oriental e homeopatia para diminuir a taxa de crescimento do tumor”, explica o veterinário. “Tudo isto está associado às medicações que garantam melhor estabilidade e conforto dele”, assegurou Márcio Silva. Segundo ele, a equipe do Parque de Dois Irmãos trabalha  com o apoio dos parceiros e seguindo orientações da AZAB, para uma gestão eficiente de acordo com altos padrões éticos e de bem-estar animal. “A equipe do Parque de Dois Irmãos está profundamente sentida. Mas, queremos assegurar a todos que estamos firmes no compromisso de proporcionar a manutenção da qualidade de vida de Léo e do seu comportamento natural”, finalizou o gestor.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Lu Rocha/ Divulgação / Semas – PE

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