Fiação vira esculhambação no Recife

Como se não bastassem os casos de choques em pessoas e animais nas vias públicas – inclusive com registros de mortes – e a poluição visual provocada pelo excesso de fiação aérea nas ruas do Recife, ainda somos obrigados a enfrentar cenas como essa aí das fotografia, que encontrei hoje na minha caminhada matinal. Fios pendurados e espalhados pelo chão. Observe as fotos.

Eram tantos os novelos de fios, que – temendo levar algum tipo de choque ou tropeçar nos volumes – muita gente começou a andar pelo asfalto, apesar do grande movimento no trânsito na Rua Dois Irmãos. Foi o jeito. Inclusive foi o que fiz. Quem se arrisca a enfrentar uma esculhambação dessa? Na verdade, houve um pipoco em um transformador e foi fogo para todo lado, em frente ao restaurante Dona Andréa- Comidas Regionais, defronte da Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Apipucos. O problema foi no último dia 5 de outubro. Porém, vários dias depois, a esculhambação deixada pela  Neonergia (antiga Celpe) é essa que vocês estão vendo. Um profundo desrespeito à cidade e às pessoas. Inclusive à vida das transeuntes, que podem cair nesse emaranhando ou mesmo levar um choque se houver algum fio conectado. Sei não, mas não é a primeira vez que acontece. A bagunça sempre se repete na cidade.

Portanto, penso que essas prestadoras de serviço de empresas de saneamento, energia, telefonia, deveriam dar cursos de civilidade aos seus servidores. Aliás, as grandes empresas contratantes deveriam impor essa condição. Sujou, limpou. Proibido colocar a vida da população em risco. E também  deveriam dar aulas de educação ambiental, antes de botar a “tropa” na rua. Porque não tem prestadora de serviço de telefonia, de iluminação , de saneamento e até mesmo de tapa buracos que não deixe o local da obra mais esculhambado do que já estava. Cadê a civilidade desse povo, meu Deus?

E cadê a Prefeitura, que não fiscaliza esse descalabro? Quando não é fio sobre a calçada é obra mal sinalizada, no asfalto, que provocam acidentes.  A população não deve se calar. Pagamos impostos caros, e temos o direito de ter uma cidade minimamente transitável, que não coloque tanto em risco a vida das pessoas. #OxeRecife!

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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