Descalabro: Fios implicam em risco de queda e fiscalização faz muita falta

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Já é tempo de a Neonergia  chamar operadoras de telefonia e Internet à responsabilidade, porque é cada dia maior o descalabro de fios pendurados, sobre as calçadas e até no asfalto, o que coloca em risco a segurança do pedestre. Caso a Neonergia nada faça, deveriam fazê-lo o Ministério Público e a Prefeitura.  Pois  é grande a quantidade de fios espalhados em vias públicas, que podem provocar tombos que resultem em acidentes graves, inclusive atropelamentos. Pois muitos  ficam espalhados em calçadas, rentes ao meio-fio podendo ocasionar tropeços e quedas no asfalto e atropelamentos, no momento de travessia. Se você vai passar para o outro lado da rua e tropeça ou se engancha em um fio, como é que fica?

Na Avenida Dezessete de Agosto, em frente a um quartel do Exército, descalabro na calçada: risco de queda

No início desta semana, enquanto andava do bairro de Casa Forte a Apipucos, onde resido, vi cenas terríveis como essas que vocês podem observar nas fotos. Uma mulher na minha frente chegou a tropeçar ao enganchar o pé em um fio jogado no chão. À noite é muito fácil a pessoa não perceber um fio preto jogado no caminho, ainda mais se o pedestre é idoso ou tem baixa visão. Na calçada oposta, em frente ao Parque Regional de Manutenção do Exército, em Casa Forte, dá para se perceber o descalabro. Também perto do Supermercado Mateus, em frente a um petshop. Na quinta-feira, decidi fazer o caminho inverso, de Apipucos até a Universidade Federal Rural de Pernambuco, no bairro de Dois Irmãos.

Foram tantas as armadilhas no caminho, utilizando a calçada do lado esquerdo da Rua Dois Irmãos, no sentido cidade subúrbio, que decidi voltar pelo mesmo lado, e ir contando os casos de descalabro. Acreditem. No retorno, computei nada menos de 40 casos de fios fora do lugar. Havia os pendurados, batendo em minha cabeça (e a gente nunca sabe o que é eletrificado e o que não é); também os encontrei enrolados em árvores, em postes e até mesmo nas grades metálica do muro de um dos departamentos da UFRPE. O pior é que pelo menos 80 por cento do que observei estavam sobre as calçadas, tornando-se um perigo absurdo para quem caminha.

Ou seja, como se não bastassem buracos, desníveis, calçadas sem revestimento em concreto, pedras soltas, ainda temos que nos preocupar com a profusão de fios jogados em todos os lugares e que impõem reais riscos de queda aos passantes. Não é a primeira vez nem a última que reclamarei do problema aqui nesse espaço,  por acreditar que empresas e órgãos públicos precisam tomar uma providência urgente contra essa situação, já que a questão não se restringe à poluição estética. É segurança mesmo,  respeito à vida, que parece estar faltando por aqui. E quem tem culpa no cartório?

Em frente a um pet shop, em Casa Forte, fios suspensos à altura dos joelhos ou jogados no chão: cena comum

Primeiro: As empresas – a Neonergia que aluga os postes e deve ganhar um dinheirão com isso – devia chamar a atenção das operadoras,  para que orientem seus funcionários e prestadores de serviço para que recolham o material não utilizado e que deixe os fios em altura que não traga riscos para os humildes mortais, como é o caso da maioria da população. Segundo, as operadoras deveriam, por sua vez, ofertar cursos para ensinar cidadania aos seus trabalhadores, porque a atitude deles de não recolher materiais descartados não é nada civilizada.  Para que não deixem o “lixo” deles nas calçadas, impondo risco grande para quem nelas transita.  Terceiro: Tanto o Ministério Público quanto a própria Prefeitura já deveriam ter tomado atitude enérgica quanto esse descalabro, movido apenas pelo vil metal.

E o povo, que paga imposto, que se dane, não é? Que cidade e que cidadania são estas? Com a palavra, os órgãos envolvidos nessa bagunça que, pelo visto, não tem mais limite. Na foto superior, observem que embora a roda de fios seja grande, há pedaços espalhados no chão. Na segunda e na terceira, risco grande de tombos, inclusive em direção ao asfalto.

Fios geralmente são descartados irresponsavelmente junto ao meio fio, aumentando risco de graves acidentes

Nos links abaixo, mais informações sobre esse descalabro, que deixa o Recife com cara de terra de ninguém.

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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