Olhem só a foto acima. E vejam que ideia de jerico, uma faixa de pedestre que une uma calçada a lugar nenhum. Fica na Rua João Tude de Melo, no bairro do Parnamirim, Zona Norte do Recife. Entra e sai gestor da Cttu, e o problema permanece, na esquina daquela via com a Rua Virgínia Loreto, onde há um semáforo.
Os automóveis param no sinal vermelho, mas ao usufruir do sinal verde para atravessar a João Tude, o cidadão se depara com a inexistência de calçada do outro lado da rua. E, no caso, corre um risco duplo: ser atropelado ou cair na lama do canal que fica no meio da via. Um absurdo completo. E não custa nada perguntar, qual o sentido de uma faixa de pedestre que ao invés de proteger, o coloca em risco?
Quem usa aquela faixa tem que ir se equilibrando sobre o meio-fio ou pelo asfalto, correndo o risco de ser atropelado. Isso porque a Ponte do Marreco, que atravessa o Canal e dá acesso ao outro lado da pista fica distante da primeira faixa para pedestre.
Ou seja, quem atravessou a rua no sinal da Virgínia Loreto tem que caminhar driblando o perigo até a Ponte do Marreco, que fica em frente ao Shopping Parnamirim. Sinceramente, uma faixa daquele jeito nem sei se vale a pena. Isso porque a função de proteger o elemento mais frágil na mobilidade – o caminhante – simplesmente não existe. Pelo contrário, o obriga a arriscar a vida.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife