Esforço para preservar o muriqui-do-sul, maior macaco das Américas

No Recife, é frequente a presença de saguis nas praças, nos quintais e até nas varandas dos prédios ou casas. São íntimos da população.  No bairro do Curado, tornou-se frequente a presença do macaco-de-cheiro, que também é observado em áreas urbanas de Salvador.  Mas há outras espécies extremamente ameaçadas no Brasil. Entre estas, está o muriqui-do-sul (foto), cujo habitat vem sofrendo restauração, para evitar que a espécie desapareça. Um dos projetos que trabalham a favor do muriqui é o Projeto Mata Viva, que já plantou mais de 8.500 mudas de árvores nativas na Floresta do Barreiro Rico, que sofreu três incêndios ao longo de uma década.

A floresta fica em Anhembi, município localizado a 221 quilômetros da capital paulista. De acordo com responsável pela iniciativa, a Fundação Espaço ECO, a área plantada equivale a cinco hectares de reflorestamento, naquele que é um últimos redutos do muriqui-do-sul, o maior macaco das Américas, que está criticamente ameaçado de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Há estudos que apontam que não há mais de 1.300 muriquis na natureza do Brasil. Já o Projeto Mata Viva foi criado em 1984,  e visa desenvolver soluções para proteger as margens de rios e córregos, além de beneficiar a biodiversidade nos biomas brasileiros.  Já a Fundação Espaço ECO, criada e mantida pela BASF desde 2005, tem como missão promover o desenvolvimento sustentável no ambiente empresarial e na sociedade.

A Mata do Barreiro Rico foi considerada por diversos estudos como área essencial para a conservação da biodiversidade. A floresta abriga um número expressivo de espécies, de fauna e flora, e a atividade de restauração realizada visa apoiar na conectividade dos fragmentos florestais da região. Além disso, estima-se que a restauração realizada nos cinco hectares removerá cerca de 1.200 toneladas de carbono da atmosfera ao longo do ciclo de seu desenvolvimento.

“Proteger e restaurar florestas é um papel crucial na redução dos efeitos adversos das mudanças climáticas e da preservação de espécies. O projeto na região é mais um reflexo da importância da biodiversidade, em vista que a Mata Atlântica é o bioma mais afetado que consta na Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Nos sentimos orgulhosos em contribuir para o bem estar do meio ambiente e um mundo melhor”, afirma Tiago Egydio, coordenador de Sustentabilidade da Fundação Espaço ECO. Nos links abaixo, você pode obter mais informações sobre o muriqui-do-sul e outras espécies de macacos e outros animais silvestres.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecifee
Foto: Divulgação /Fundação Espaço ECO/ Basf

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