Bem merecido. Todo apoio à cultura, principalmente à cultura popular, que nem sempre conta com a infraestrutura de estrelas e astros mais sofisticados da cena artística nacional, que possuem produtores, empresários, espaço gigante nas mídias, inclusive as sociais. Os nossos artistas e brincantes seguram (muitas vezes anonimamente) nossas festas no carnaval, no São João, no Natal. Ou mesmo fora dessas épocas. Estão sempre lutando, para rodar a ciranda, tocar o forró, aprontar a quadrilha, concluir a peça de artesanato.
E que seria de nossos eventos de rua sem a presença desse povo? O que seria da Fenearte, por exemplo, sem a representação maciça dos artesãos de Pernambuco, que tanto contribuem para enriquecer a maior feira de negócios do artesanato da América Latina e mostrar a criatividade pernambucana? E o carnaval sem Vassourinhas, sem caboclinhos, sem maracatu, sem frevo? E o que seria de nossas ruas sem os cortejos do Boi da Macuca? Portanto, o #OxeRecife não pode deixar de assinalar os dez novos patrimônios vivos de Pernambuco. Afinal, são guardiões da nossa cultura. Teve gente contemplada na Zona da Mata, no Agreste e no Sertão. E também na Região Metropolitana.
Eles receberam o reconhecimento na segunda-feira, em cerimônia presidida pela Governadora Raquel Lyra, durante a abertura da 17ª Semana Estadual do Patrimônio Cultural do Estado, no Centro Cultural Cais do Sertão, no Recife. “É muito lindo ver a arte de Pernambuco se perpetuando de geração em geração. Nesta cerimônia nós podemos ver o reconhecimento a grupos culturais e pessoas físicas como os Caiporas de Pesqueira e Chico Santeiro, por exemplo, um momento de fortalecimento desses patrimônios vivos do nosso Estado. Para mim é uma honra, como governadora, vivenciar situações como essa”, declarou a governadora Raquel Lyra.
O registro de Patrimônio Vivo de Pernambuco é uma política pública instituída em 2002 pelo então Governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos. O objetivo era salvaguardar saberes e fazeres tradicionais ligados às culturas populares por meio de reconhecimento e concessão anual de bolsas vitalícias. A cada período, dez mestres, mestras e grupos de diferentes regiões do Estado são eleitos pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural.
Veja quem são os novos Patrimônios Vivos de Pernambuco são: 1- Benedito Belo da Silva – Benedito da Macuca (forró, Olinda); 2- Caboclos Cahetes de Goiana (caboclinho, Goiana); 3- Clube Carnavalesco e Cultural Caiporas de Pesqueira – Caiporas de Pesqueira (clube carnavalesco, Pesqueira); 4- Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas de Olinda – Clube Vassourinhas de Olinda (clube carnavalesco, Olinda); 5- Francisco Vicente Nogueira – Chico Santeiro (artesanato, Triunfo); 6- Índios Tabajaras (tribo indígena, Goiana); 7- João Antônio da Silva – João Limoeiro (ciranda, Carpina); 8- João Luiz de Santana – João de Cordeira (mestre em caboclinho, João Alfredo); 9- Quadrilha Raio de Sol (quadrilha junina, Olinda); 10- Sociedade Musical Pedra Preta (banda filarmônica, Itambé).
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Texto:Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Marcos
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Fotos: Hesíodo Goés/ Secom PE